DRAGÃO COMO NÓS
Nascido em Olhão, a 11 de Novembro de 1950, de mãe algarvia e pai siciliano: Maria do Carmo Fuzeta Cativo e Salvatore Razzini.
O filho da Maria do Carmo!
Entrou não só para a nossa família, mas também para a do DRAGÃO.
Deve ser o único portista de Olhão... A menos que, entretanto, o Jorge Costa tenha conseguido converter algum outro.
Fotos não há muitas, porque ele procura sempre fugir das objectivas. Mas há algumas...
E histórias também. Eu conto quando voltar da Argentina. E junto a reportagem iconográfica possível.
Comentários a partir do dia de aniversário!
O filho da Maria do Carmo!
Entrou não só para a nossa família, mas também para a do DRAGÃO.
Deve ser o único portista de Olhão... A menos que, entretanto, o Jorge Costa tenha conseguido converter algum outro.
Fotos não há muitas, porque ele procura sempre fugir das objectivas. Mas há algumas...
E histórias também. Eu conto quando voltar da Argentina. E junto a reportagem iconográfica possível.
Comentários a partir do dia de aniversário!
6 comentários:
Conhecemos o João Carlos com 8 anos, quando nos tornámos vizinhos, no prédio da R. Latino Coelho. Uma das primeiras imagens que guardo desse tempo é a do menino a pedir uns tostões para uma cascata de S. João, em conjunto com colegas de Escola. Uma tradição portuense que "escandalizou" os pais algarvios: O filho a pedir "esmola" na rua! Nós achámos imensa graça e demos a nossa contribuição...
Tal como o Pai, o João Carlos foi sempre tranquilo, discreto, mas muito bem disposto e divertido. Gostava de festas e da exuberância dos outros - a começar pela da própria Mãe e pela da minha Mãe!
Era um "irmão", bem mais pequeno do que nós, sempre presente, durante esse tempo feliz em que vivemos na R. Latino Coelho, no Porto.
Estudava o quanto baste, tinha os seus amigos - não muitos, mas óptimos, porque é selectivo - fez, sem dificuldade, o liceu, e foi para a Faculdade de Economia, salvo erro. Pena, porque dava para perceber que, com o seu feitio idealista, pouco virado para o lado material das coisas, aquele curso não lhe iria agradar. Era um rapaz inteligente e culto, com mais vocação para letras, e línguas. Fala várias, um excelente inglês, francês, italiano (ou não fosse 50% puro siciliano - e de muito boas famílias!).
Acabou não acabando o curso.
A certa altura, já nos anos 70, o Sr. Razzini decidiu ir tentar a sorte nos EUA. Tinha um negócio interessante, uma confeitaria no Marquês, bem perto de casa - uma das que introduziu o pão "gressino"
na cidade do Porto. Não sei o que se passou, para tomar a decisão de vender o negócio, mas creio que foi depois de aderir às cooperativas, que então avançavam, por todo o lado, com sucesso variável. Vendeu a sua quota.
Na América, em NY, tudo corria pelo melhor até adoecer - e regressar. Ao Algarve... A Maria do Carmo sempre haveria de lamentar o facto de ter deixado a casa do Porto - e nós também. Tanto ela como o João adaptaram-se ao Porto, de uma forma perfeita! Curiosamente, o que mais pendia para o Algarve era o único não algarvio, o Sr Razzini, que tinha ido para Olhão, com o Pai, ainda muito jovem. Com 14 ou 15 anos.
O Pai era milionário. Em Olhão tinha fábricas de conservas de peixe. Durante a guerra tomaram-lhe os negócios, e, depois da guerra, limitaram-se a imdemnizá-lo, por decisão judicial, por valores anteriores à inflação. Isto é, praticamente nada. Um roubo de Estado...
O João visitou, por diversas vezes a família na Sicília. Na primeira vez, lembro-me de que foram de carro e levaram o cão Corisco, que se ia perdendo, em correria imparável atrás de outros cães, uns vadios, numa localidade qualquer...
E, assim, ficamos, desde então, separados, pela geografia.
Mas como acontece com a família próxima, de sangue, mantivemos, e mantemos contacto permanente. Nas festas, sempre! E, fora das festas também. A Maria do Carmo aparecia regularmente, duas vezes por ano, pelo menos, passar umas semanas connosco (grande alegria, para nós!), e o João, quando podia, acompanhava-a. Depois que comprou carro, vinha traze-la e leva-la e ficava o fim-de-semana, ou uns dias, quando tinha férias. Agora, estamos, justamente, à espera de uma dessa visitas, que já tarda.
Da nossa parte, fomos ao Algarve, de férias, com menor frquência, mas também fomos. Ainda quando a Mª do Carmo e o João Carlos viviam numa casa algarvia, antiga, autêntica, que era da família,e, mais tarde, já no andar novo, comprado pela Mª do Carmo, onde, hoje, o João vive com a Mulher.
O próprio João se deixou atrair pela aventura da emigração. Esteve algum tempo em Londres. Lá o encontrei, já não sei em que ano recuado. Para nossa surpresa, casou, em Londres, com uma estrangeira - não inglesa - num casamento que durou ainda menos do que o meu, com o Manel.
Agora é casado com uma simpática e discreta brasileira. O que muito agradou à Mãe!
Politicamente, vejam só, o João Carlos foi um grande activista, depois do 25 de Abril!
Era do MRPP, como o seu grande grupo de amigos de Olhão. E como o JM Durão Barroso.
Parece-me que o João Carlos, ,actualmente, como muitos portugueses, não quer saber da política para nada. Mas, pelo menos, continua a ter um verdadeiro espírito de solidariedade e não se deixou "aburguesar", no pior sentido. Mantem-se um bom caracter!
Fiel a todas as boas causas da juventude, continua um portista "ferrenho". Aqui, em Espinho, durante as suas visitas, começou a frequentar a "Casa do FCP", para ver os jogos e tomar um café. Parece impossível, mas é verdade, que foi através do incentivo dele que eu pela 1ª vez entrei nessa "Casa", da qual, agora, até sou presidente da Assembleia Geral.
Tal como em pequeno, ainda hoje, o JC gosta de andar à vontade, descontraído, de "Jeans" e sapatos de vela, ou sapatilhas. É muito do género da Docas - podiam ser manos...
Nesse aspecto, não sai a Mãe nem Pai - ambos andavam sempre chiquérrimos!
Porém, nas fotos que encontrei, vemos um João Carlos atípico, muito bem vestido e engravatado, porque uma é do casamento do João Miguel, em 2003, e a outra do 80º aniversário da minha Mãe, ao lado de quem se encontra (2002).
Vou procurar outras. Não há muitas, porque ele detesta ser fotografado!
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