ANOS DA XANA
A esta hora, uma mais do que em Espinho, três gerações de Aguiares da Fonseca, festejam os anos da Xana na CH de ST. Hubert, 35 - Morhet.
Demos os parabéns à Xana pelo telefone, soubemos que neva, nava, sem cessar. Na Pátria litoral é apenas um dia muito frio.
Foi há tantos anos quantos ela tem que se passou a história já contada no blogue e nunca esquecida da longa espera que o Nestó e eu suportámos, para ver, através dos vitrais gigantes da vertente sul da Vila Maria, a chegada da cegonha... Não vimos, é claro. E eu, ao entrar intempestivamente no quarto da Avó quase vi o nascimento, sem intervenção de cegonha alguma.
Depois voltei a entrar e deparei com a recém nascida dependurada de cabeça para baixo e a receber umas palmadas do Tio Manuel, o "médico Parteiro". Não percebendo que era boa a sua intenção, destinada a restabelecer a circulação sanguínia do bébé, corri em socorro do mais fraco, e bati no Tio!
DEZEMBRO 2010
11 comentários:
A língua não é obstáculo, e até vai aprendendo umas palavras em francês. Sugeriu à mãe e avó que falem francès em casa!
Gosta imenso da neve - e há muita no jardim. Adora a casa e as escadas para o seu quarto, no 1º andar. Ao contrário de nós, da mesma idade, nunca tinha vivido numa verdadeira casa, só em apartamentos...
E disse: Quero pedir mais uma coisa ao Pai Natal, um puzzle da Dora, mas agora tenho de ir ter com ele ao polo norte, que é muito, muito longe. Fica quase perto da lua!
Para a Laura a lua é a coisa mais distante que há!
No 150º aniversário do seu nascimento,a família Noronha reuniu-se num almoço na FIL, para o homenagear.
A Laura foi com a Ana, Mas, mal entrou na sala e viu tantos Noronhas desconhecidos, desatou num berreiro que durou uma meia hora. Uma vergonha! O Avô Carlos ficou tritíssimo. Esperava apresentar à família uma neta maravilhosa e civilizada.
A sala estava cheia de mulheres e homens desconhecidos, e que nem sequer eram da família, com excepção da Manela.
Por qualquer razão insondável, gostou imenso. O anfiteatro tinha pouca luz, as pessoas discursava, no fim havia palmas e ela acompanhava. deve ter achado que era um espectáculo.
Quando acabou, para meu espanto, vi-a no meio da multidão, aos pulos, muito contente.
Sem vergonha nenhuma, sem receio, completamente integrada no ambiente académico. Se calhar foi porque ninguém tentou dar-lhe beijinhos ou agarrá-la!
Durante a sessão, até queria ir ter com a Manela, que estava na mesa da presidência. E perguntava:
"Mamã, depois da Manela falamos nós?"
Encontrei a Laura, com mãe e avó e tia Docas, logo à entrada do auditório. Vinha eu a subir as escadas com o João Morais, depois do nosso almoço, com dirigentes da APE (associação dos portugueses do estrangeiro). Realmente, todos lhe acharam graça, mas ninguém se aproximou demais, nem Virgínia Estorninho, nem Rita Gomes, nem todo o mulherio presente. Ninguém! Uma sorte!
Para ela tudo devia parecer novo e diferente, e natural, precisamente porque a encaravam com muita naturalidade. E como se fosse adulta. Respondeu, portando-se como gente grande.
Esteve lá, no último patamar do auditório, que tinha uma saída próxima, sem necessidade de atravessar a sala, à vista do público. Com uma ou outra escapadela, para arejar um pouco, "aguentou firme" durante quase 3 horas!
Disse à Ana: "A Manela falou muito bem" e encantou-se com o poema recitado e cantado pela Drª Elsa de Noronha! A espantosa Elsa Noronha.
Sei lá se não serão ainda aparentadas! O famoso Avô Noronha, andou anos por Moçambique, de onde a Elsa é natural.
Só tive tempo de ir de corrida à casa de banho, como sempre faço, antes de uma longa viagem de carro. A Laura foi comigo. Lá dentro, já a lavar as mãos, estava a Profª Doutora Joana Miranda - a mais brilhante aluna que tive no mestrado da Univ Aberta e uma simpática jovem.
Perguntei à Laura se queria esperar por mim, na companhia da Joana, e ela aceitou a sugestão. Quando as reencontrei, a Joana estava a dar-lhe uma lição de francês. "Bon jour" - "Bom dia".
E a Laura continuava radiante e sociável! Até contou até 20 em francês, para mostrar à Joana que já sabia umas coisas.
Um dia em que tudo se passou pelo melhor.
Mas para estar com as primas, antes da partida para a Bélgica, voltei a Lisboa dois dias depois. Estava, pois, na Av. do Uruguai na noite do tremor de terra (inofensivo, ainda que um bocadinho assustador).
Foi com a mãe, que é já uma patinadora experimentada, embora tenha, uma vez, partido uma perna num rinque, em França...
Quando chegou a casa contou as aventuras, ao telefone, à Biavó Lola, mas acrescentou:
"Sabes, os patins não eram meus, foram alugados"