W106 - ANTÓNIO JOSÉ AGUIAR PEREIRA BOTELHO MARTINS

Nasceu a 9 de Julho de 1992, primeiro filho da Maria Teresa Barros Aguiar Pereira (Nónó) e do Helder Botelho de Carvalho Martins. No coração do Porto (Ordem do Terço - embora registado em Gondomar), naturalmente.
O lugar ideal para quem é, não só portuense, mas portista de alma e coração. Aos 17 anos, o sócio nº 36.500 do FCP. Foi, é obvio, feito sócio à nascença, logo a seguir ao acto de registo civil como cidadão.
Da casa de saúde se foi, na 1ª viagem, até Gondomar, onde lhe tirei, logo, várias fotografias. Era um recém -nascido de feições perfeitas e cabelo muito loiro. Lindo bébé!
Não tinha ainda um mês, quando veio de férias para Espinho, para o apartamento, onde hoje mora.
Tornou-se o centro de todas as atenções, muito em especial na casa dos tios bisavós Giginha e João. E continuou com esse estatuto, durante o tempo de vida do Tio João, que o adorava. Logo depois, teve de partilhar a cena com a mana Tété, que veio a este mundo em 1996, ainda ele não tinha completado os 4 anos.
Não sei se era um grande admirador da menina, porque um dia, quando alguém gabava o seu bonito sorriso, ele comentou: "Que disparate! Ela nem sequer tem dentes".
O que era verdade e demonstrava duas características, que conserva, felizmente: capacidade de observação e sentido de humor.
Era verdade, mas não atendia a todas as circunstâncias... Todavia, se nos pusermos na pele de uma criança daquela idade, dá para entender essa e outras reacções semelhantes. Ele estava, decerto, à espera de ver aparecer no meio da família uma criança, como ele, pronta para todas as brincadeiras, e, nesse aspecto, o bébé pequeno, meio inerte, e até desdentado, não podia corresponder às suas expectativas, embora preenchesse, amplamente, as dos adultos (nós).

Há abundantes videos, que mostram a evolução desses "primórdios" do Tózinho, como um pequeno "rapaz de sucesso" - assim diria o Cavaco, pensando mais nos empresários, é claro...
Era não só bonito, mas precoce e engraçado. Começou a falar cedo (a irmã, minha afilhada, disse as primeiras palavras tão tarde, que eu cheguei a temer que fosse muda - mas não, tinha apenas preguiça...).
Aos dois anos. o menino falava fluentemente, cantava música "pop", contava histórias muito bem articuladas, ia ao café com o Tio João e com os pais, e queria, como eles, sentado à mesa, tomar o seu café. Numa chávena igual à dos outros, com um líquido um pouco diferente.
E, todas as noites, ao longo do mês de veraneio espinhense, em Agosto, o Tio João lhe dava uma moeda, para ir jogar na máquina de distribuição de bolas e outras atracções similares.
No resto do ano, o Tózinho era visita regular aos fins-de-semana.
Na praia, gostava do mar, das ondinhas e de um bom jogo de bola. À falta de melhor, joguei eu com ele, muitas vezes. Eu até gosto, mas depressa verifiquei que ele era muito mais talentoso do que eu. Tem tudo para ser um "craque" e tem paixão que baste pelo futebol, mas não tem encontrado ambiente e equipa que o valorize devidamente. Dava um Deco!
Começou a sua vida escolar em Gondomar, nas freirinhas da Azenha. Depois transitou para os frades Capuchinos.
Jogou futebol nas escolinhas do Gondomar. Quando tinha 4 ou 5 anos, ofereci-lhe um equipamento do FCP, com a camisola do Paulinho Santos - o seu ídolo, exemplo do espírito e da garra, que se quer num verdadeiro "dragão". Como o próprio Tózinho, que, nessa fase, não brilhava só no desporto, pois era também bom aluno e um rapaz muito popular.
Não é fácil mudar de terra, de colégio, fazer novos amigos, novo grupo. E foi o que ele teve de enfrentar há 5 anos, quando deixou Gondomar e veio morar para Espinho, com a Mãe e a irmã.
Espinho deveria , pelo menos, ter vantagens no que respeita, por exemplo, à prática desportiva e a distracções variadas, mas não - exceptuando o mar, que ninguém pode tirar do sítio, Espinho foi "um atraso de vida"... Nem futebol, nem grandes eventos em cartaz.
E liceu público, em vez de colégio privado.
Mas, creio bem, que hoje já superou tudo isso. Fez novos amigos e, na quase "maioridade", pode melhor aproveitar o mar e os espaços de convívio de uma tranquila e pequena cidade, apesar de tudo, bastante simpática, como puro centro residencial. Aproxima-se a data de escolher um curso, uma universidade!
Uma cronologia breve, de um percurso entre duas cidades, ou melhor, três, se considerarmos os fins de semana passados na Maia, com o Pai.
Sobre o Tózinho, muito mais há a dizer.
Vamos a isso!