quinta-feira, 2 de julho de 2009

W104 - MARIA JOSÉ AMARAL SANTOS GOMES DA FONSECA


Nasceu a 2 de Julho de 1947, oficialmente em Lisboa, de facto no Bombarral, em casa dos avós paternos. Filha de Francisco José dos Santos Gomes e de Lídia Maria do Amaral Gomes.
Foi viver para Luanda, com a família, ainda criança.
Voltou a Lisboa para tirou o curso de tradutores, no ISLA, que terminou em 1969.
Foi Assistente de Terra da TAP, em Angola, até 1971. E na TAP conheceu o futuro marido, então a "controlar" o tráfego do aeroporto, depois de uns anos no serviço militar obrigatório ( na Polícia Militar).
Casou com ele, o Ernesto António Aguiar da Fonseca, o "nosso" Nestó, em 1970.
Aí nasceu a primeira filha, a Maria João.
O rumo da independência do país não dava grandes hipóteses de futuro ao casal, em termos de segurança e tranquilidade de vida, e, apesar de muito gostarem daquela belíssima cidade, de mar e calor, voltaram para as neblinas portuenses, era a João ainda pequenina .
Uma boa opção, porque o Nestó tinha interrompido um curso de engenharia civil, que era preciso acabar - e na UP, que é , neste ramo, a mais prestigiada das universidades portuguesas.
O que fez, com brilho.
Não foi, de todo, fácil o reinício de vida no país pequeno e "superlotado", mas correu bem.
A Zé ainda andou pelo sector turística, mas, nos anos 80, ingressou no MNE, na delegação do Porto da SECP, quando a Graça Guedes era directora do Centro de Estudos, e da Delegação. Para trabalho temporário, pois, então, o Porto estava ao centro de regionalização do IAECP pelo território nortenho e precisava de gente capaz e dinâmica para mútiplas e novas tarefas.
Aí permanece, no quadro, como um esteio de serviços, hoje reduzidos em dimensão, mas muito eficazes.
O Nestó deu o seu melhor em empresas que exploraram o seu competentíssimo trabalho, e cujos administradores compravam jaguares, em vez de pagarem os vencimentos dos engenheiros... Pelo menos de uma, só recebeu com recurso aos tribunais. Até que criou a sua própria empresa de fiscalização de obras. Um sucesso, claro!
Tão grande, que foi convidado pela Coba, de quem é associado, a ficalizar a reconstrução da barragem do Cunene! E por lá está, com o Pedro, em plena actividade!
Para alegria da Zé, vão chegar no sábado!
O Pedro, que veio completar uma família feliz, já a João andava na escola.
De mencionar também um casal de cães, muito estimados, que, desde que os donos se mudaram para o andar sobranceiro ao Douro, têm os enormes jardins do condomínio fechado para correr à vontade. São a melhor companhia da Zé, nesta fase transitória em que a metade masculina da família está na África, e a Maria João em Aveiro, com a sua magnífica cadela "labrador".
Aveiro, onde se formou em engenharia de gestão, tornou-se a sua tera de adopção. É perto, aos fins-de-semana a Mãe pode contar com ela. E com a sogra Lola.
Aos sábados são sempre esperadas em Espinho, na Rua 7, e as esporádicas ausências muito lamentadas.
Parabéns à Zé!
E vamos completar este breve apontamento, falando sobre ela!

12 comentários:

Paulo disse...

Parabéns à Zé!!!

É uma prima muito simpática e serena, com uma atitude delicada que transmite calma a todos.

Não sabia que era este o dia dos teus anos, mas vou inscrevê-lo na minha memória (enquanto ela durar...)

Desejo-te muitas felicidades e para a semana havemos de festejar o teu aniversário. Para já vais certamente festejar em grande com o Nestó e o Pedro que espero cheguem bem!

Beijos de nós todos.

Tia Lena disse...

Muitos Parabéns, Zé!
Muitas felicidades para ti e para a tua família!
Um beijinho da Tia Lena

Isabel Aguiar disse...


muitos parabéns!
As recordações da minha infância estão recheadas de momentos passados contigo, Nestó, João e Pedro; como eu adorava ir, primeiro a Valbom (era o Pedro pequenino) e depois ás Devesas...era uma emoção!
Desejo tudo de bom para Ti!
Um beijinho
Isabel

António Aguiar disse...

Muitos parabéns naõ só pelo aniversário mas também pela boa disposição e simpatia!
Um beijo

Maria Manuela Aguiar disse...

Com o intento de passar a livrinho em papel os textos do Circulo Aguiar, tenho pedido que cada um envie o seu currriculum. A Zé esteve no domingo a dar esses detalhes curriculares, oralmente. Eu ia tomando apontamentos...

ESTUDOS

1ª e 2ª classe na Escola do Bombarral.
A meio da 3ª classe, transição para Malange (Colégio Veríssimo Sarmento.
Liceu, do 1º ao 5º ano, em Luanda, no Liceu Dona Guiomar de Lencastre.
6º e 7º ano no Liceu Salvador Correia.
Curso do ISLA (Instituto Superior de Línguas e Administração), em Lisboa, Completa o curso de tradutora e volta a Angola, em 1969.

Maria Manuela Aguiar disse...

ACTIVIDADE PROFISSIONAL
(em Angola)

Primeiro emprego na TAP, como AT (Assistente de Terra)
Admitida, depois de uma entrevista, a 15 de Novembro de 1969.
Interrupção, quando nasceu a 1ª filha, a Mª João.
Volta ao trabalho numa empresa do Grupo Mineiro do Lobito (exportação de café).
Como não lhe agradava demais o ambiente, mudou para uma agência de viagens, a Van Ommeran, onde fica até ao retorno definitivo a Portugal, em Setembro de 1974.

Maria Manuela Aguiar disse...

(Em Portugal)
Professora de Português e Inglês na Escola Preparatória, em Leiria, em 1975.
No ano seguinte, dá aulas de Português e Francês na Marinha Grande.
Em 1977, no Porto, é contratada pela agência de viagens Paneuropa.
Em 1978, passa para outra agência, a Visa Norte, que já não existe.
Em 1979, trabalha na Brásport. Fica grávida e não lhe renovam o contrato - o Pedro nasce no dia de Natal em 1980.
O emprego seguinte é no Centro de Estudos da Sec. Estado das Comunidades Portuguesas, Delegação do Porto - primeiramente como revisora de provas (de livros publicados em várias línguas).
Mantem-se anos como tarefeira.
Passa ao quadro da Delegação em 1990, depois de fazer contrato e concurso. Aí se mantem, firme, a poucos anos da reforma.
(como o tempo passa...).

Maria Manuela Aguiar disse...

A Zé é um exemplo do machismo lusitano - mais imperante no mercado do trabalho então do que agora. E da falta de protecção à maternidade.
Na TAP - Luanda não lhe facilitaram um horário normal, sem turnos da noite, que lhe permitiria ter a filha num infantário e continuar no emprego.
Na "metrópole", idem ,idem...
Na Paneuropa, o gerente, Sr. Freitas, perguntou-lhe, antes de mais, se tencionava ter mais filhos... A Zé apressou-se a dizer que não!
Na Brásport, vê recusada a renovação do contrato, quando está grávida pela 2ª vez...
E se mais filhos tivesse tido, mais histórias semelhantes teria para contar...

Maria Manuela Aguiar disse...

O ingresso no MNE- Ministério dos Negócios Estrangeiros - pela via da "emigração", deve-se a um conjunto fortuito de circunstâncias:
ao facto de estar, na altura, no desemprego, e de poder, por isso, prestar uma colaboração temporária:
ao facto do Centro de Estudos de migrações funcionar no Porto e de estar a preparar uma série infindável de publicações - sem ter pessoal, quantitativo e qualitativo, para fazer as respectivas revisões de provas.
A Graça Guedes, directora do centro pedia revisores... Já!
A meio de uma conversa com a Zé, de repente, lembrei-me de lhe perguntar se estaria interessada naquele tipo de delicado labor. Uma diplomada do ISLA, fluente em várias línguas era a resposta a uma prece.
Aceitou. E o que se antevia como trabalho ocasional, acabou sendo carreira! ( ainda que não como revisora, porque o surto de edições há muito teve o seu termo - praticamente desde que deixei a Secretaria de Estado, em 1997...).

Maria Manuela Aguiar disse...

Nesse tempo, a delegação do MNE no Porto tinha muitas funções e, por isso muitos funcionários - alguns extra quadro. Tarefeiros, como se dizia (hoje "recibos verdes).
Era a "descentralização" em acto...
Muitas vezes, os melhores eram justamente os que trabalhavam com vínculos precários - caso da Zé, da Mª José Sá e do João, jovens espinhenses que, depois, passariam aos quadros do estrangeiro.
Um grupo simpático!

Maria Manuela Aguiar disse...

A TAP foi um emprego de não muita longa duração, mas que deu origem a uma ligação feliz e duradoura com um colega de trabalho!
O DT (despachante de tráfego) mais atraente de todos os DT's!
Estava ela há pouco no seu posto, quando entra esse DT fardado (blusa branca e calças de um azul escuro). Uma amiga faz as apresentações. Cruzam-se os olhares, mas não se passa mais nada. Palavras de circunstância.
Não eram do mesmo turno e só se tinha encontrado porque um tinha prolongado o trabalho. Mas ele começou a aparecer no aeroporto, sem estar de serviço, para tomarem um café com ela, num pequeno intervalo...
No último dia do ano perguntou-lhe se tinha programa para a passagem de ano e ela respondeu que não. Convidou-a. Aceitou.
Tinha reserva na discoteca Flamengo, com o colega Franco e mulher.
Dançaram até ser dia seguinte! Foram ver o nascer do sol.
Um romântico começo.

Maria Manuela Aguiar disse...

Um pormenor revelado: a mulher do Franco (in)confidenciou à Zé que o Nestó fizera a reserva para uma outra colega, uma AB (assistente de bordo), que, nesse ano, era a "princesa do ar" (título ganho em concurso, naturalmente). À última hora, o voo em que ela devia chegar a Luanda foi cancelado.
A Zé confessa que continua muito grata à TAP por ter cancelado esse voo!