
Meu Tio bisavô nasceu no lugar do Paço, em Avintes, a 28 de Março de 1838. Era filho de José de Sá e Silva e de Maria Pinto (que, depois de enviuvar, casou, em segundas núpcias, com Manuel Dias Moreira). Foi ordenado Padre em 1860. Foi padre encomendado da Abadia de Avintes, até que o Bispo do Porto, Cardeal D. Américo Ferreira dos Santos o convidou para seu fâmulo. No Paço episcopal exerceu funções durante muito anos. Em 1989, o Bispo encarregou-o de organizar a paróquia de Nossa Senhora da Ajuda, em Espinho. Aí foi, durante dez anos, o primeiro pároco, mas teve um exercício marcado por conflitos com as elites republicanas da terra, ele que era monárquico tradicionalista. Em Espinho esteve entre 23 de Setembro de 1889 e 27 de abril de 1899.. Nos seu últimos anos viveu na sua casa do Paço, em Avintes, que foi sede do primeiro jornal da milenária vila, "A aurora de Avintes", por ele fundadao e dirigido, em 1915. Era um jornal católico e monárquico, de intervenção política- Faleceu em 1917.
Não se sabe onde (Avintes? Espinho?...), nem quando se passou o episódio que me foi contado pelo Avô Manuel, o da procissão. Levava ele a custódia, quando no passeio da rua, um adversário republicano não tirou o chapéu e fez comentário desrespeituoso. Logo O padre Pinto da Silva entregou a custódia a um jovem Padre e foi interpelar o paroquiano, obrigado a descobrir-se e a desculpar-se, sob pena de ser logo ali agredido em nome da Fé. Não era para graças...
Os dois irmãos eram grandes amigos - ideologicamente próximos, com certeza, mas com temperamenttos, pelo que de um e outro se sabe, diferentes. O teólogo bem mais capaz de duros afrontamentos do que o irmão empresário e lavrador, que levava a vida com serenidade e diplomacia. Ambos de uma honestidade exemplar. Dos últimos anos do Padre, ali, no lugar do Paço (qual seria a sua casa?..havia rão poucas, para além da Quinta do Paço, da casa e da quinta da Pena pertencentes ao meio-irmão mais novo) só me lembro de ouvir contar que celebrava missa, junto à fonte de pedra da Quinta da Pena.
Os dois irmãos eram grandes amigos - ideologicamente próximos, com certeza, mas com temperamenttos, pelo que de um e outro se sabe, diferentes. O teólogo bem mais capaz de duros afrontamentos do que o irmão empresário e lavrador, que levava a vida com serenidade e diplomacia. Ambos de uma honestidade exemplar. Dos últimos anos do Padre, ali, no lugar do Paço (qual seria a sua casa?..havia rão poucas, para além da Quinta do Paço, da casa e da quinta da Pena pertencentes ao meio-irmão mais novo) só me lembro de ouvir contar que celebrava missa, junto à fonte de pedra da Quinta da Pena.
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