domingo, 31 de maio de 2009

W92 - OS GATOS DE MAIO

OS GÉMEOS ASSIMÉTRICOS - Jão-Jão e Deco.
(história para os meninos da família)

Jão-Jão é tigrado, elegante, veloz, corre os telhados o dia todo, só o recolhemos à noite. Vem porque  é muito comilão, não dispensa o seu jantar, e, depois, já não tem porta aberta para se lançar na noite de Espinho...Se excluirmos o Mandarim, é o mais vadio de todos os nossos gatos, embora também seja o mais meigo, seguido de Willy-Willy Gato Preto...
Deco é branco, com pequenas manchas cinza, olhos pequeninos e meditativos, gordo, lento, peludo, e brincalhão. Muito "sabido" e mimalho - esteve às portas da morte, com uma pneumonia, e desde aí, essa faceta acentuou-se... Pacífico, salvo com a gata Seta, sua mãe, que persegue, malevolamente.
Para chamar a atenção, mia com sons tão estranhos que mais parecem de um pássaro!
Também nascido em Maio, e anteriormente, ( no dia 28 de 2002) é "Willy-Willy. Filho da Seta e, supostamente, do ruivo Mandarim. Sob o negro uniforme do seu bonito pelo, há uns resquícios de listas mais claras, praticamente invisíveis à primeira vista. Um possível sinal de paternidade presumida, porque a Seta, nessa época, nunca foi vista com outro pretendente.
Chamo-lhe o meu "gato- tipo- cão", porque , de entre todos, se distingue pela sua dedicação e vontade de fazer companhia. De facto, segue-me para onde quer que eu vá, como um cão...
É mansíssimo, preto, de olhos verdes, muito grandes e sempre um pouco"arregalados". Fita-nos intensamente, sem apreciáveis alterações de expressão, de que outros parentes, a começar pela mãe, são capazes. Acho que Willy não tem mudanças de humor, excepto quando se assusta... É, é bocadinho assustadiço, apesar do seu porte imponente. O maior, o mais pesado dos sete gatos, não o mais poderoso, o "chefe". Falta-lhe a veia guerreira, que sobra ao pequeno e franzino Dragão. Quando o Dragão ataca - e ataca sempre que lhe apetece, isto é, muitas vezes... - os demais.  O nome escolhido terá pesado no destino - o nome completo,"Dragão Ninja Derlei", homenagem ao Derlei, aquele que renasceu das cinzas, ou da exaustão completa, para, num "slalom" vertiginoso, de bola nos pés, dar o golo da vitória ao FCP em Sevilha, 2003.
O belo Willy não pertence ao mundo da competição desportiva, seu nome é uma homenagem ao Guilherme, um charmoso padrinho, conhecido pela sua inteligência e bom caracter, mas pouco virado para combates com o seu semelhante. As "bençãos" do Padrinho, nos deram um gato eminentemente amável e bem comportado!
Foi, porém, este gato que, uma noite de verão, inesperadamente, partiu à aventura, num ímpeto de fuga, para o telhado da casa, pela via da varanda do escritório - uma varanda "aberta" na "cobertura", como diriam os brasileiros.  Tive de lhe mover perseguição policial, correndo o telhado de ponta a ponta outra do telhado, até conseguir apanhá-lo. Aos 68 anos, a minha primeira experiência de telhados! Quis antecipar-me aos bombeiros que, entretanto, a minha Mãe tinha chamado, por sua iniciativa. Desastrosa ideia!. O gato, perseguido por homens desconhecidos, naquele meio hostil, iluminado de clarões pavorosos (na óptica do gato, na verdade, simplesmente, as luzes dos faróis dos carros, para ele coisa nova! Aterradora!
Corri, pois, sobretudo, a salvá-lo dos bombeiros... e a salvar os bombeiros de uma luta que podia terminar mal, com a queda suicida do gato, de uma altura de vários metros.
Deu para contar, com muitos pormenores, enquanto o episódio estava vivo na memória! 









































































































W91 - JOÃO MIGUEL BARROS AGUIAR PEREIRA


João Miguel Barros Aguiar Pereira é o quinto filho da Xaninha e do Tónio. Nasceu em 31 de Maio de 1965, oficialmente em Gondomar, na realidade, como todos os irmãos, na Ordem do Terço, freguesia da Sé, no coração do Porto.
Foi baptizado na Igreja de S Cosme, ao fim de duas semanas, como o Pai sempre exigia, sendo padrinhos os tios Maria e João.
Tornou-se assim, naturalmente, o "neto" favorito dos meus Pais. Com pouco mais de um ano, passou uma temporada connosco, na casa da Rua Latino Coelho, quando a Xaninha teve um problema de saúde. Para nós, foi uma animação! Preocupante era só a presença do gato Mandarim, que ninguém deixava aproximar-se do bébé. Gato é gato, criatura curiosa, e aquele era-o particularmente. O novo ocupante do seu espaço nunca estava acessível à sua confraternização, mas ele não desistia... Nós também não! Temíamos uma arranhadela, por brincadeira ou por ciúmes do "usurpador de atenções".
Muitos dias depois, pequena distracção dos vigilantes e o Mandarim é encontrado a dormir tranquilamente aos pés do menino, também adormecido, partilhando o seu berço. Mais um admirador do João... Um bom companheiro daí para diante.
Nos anos que se seguiram, não havendo registo de tão prolongada estada entre nós, muitos e muitos foram os fins de semana ou as semanas de férias que passou no Porto ou em Espinho!
Era sempre o primeiro candidato a sair de Gondomar, pela mão da Madrinha . Umas vezes com o Carlos, outras sozinho, conforme o Pai fazia mais ou menos oposição. Nunca queria apartar-se, por um dia que fosse, de qualquer dos seus lindíssimos e requestados meninos... Mas como dizer "não" à querida Tia Giginha?
O João Miguel, ou, como então lhe chamávamos, o Jão-Jão, era uma grande vedeta!
Esperto, precoce, comunicativo, sempre bem disposto, sempre no centro do convívio e da "festa" - e, com ele em casa, para nós, "Espinho era uma festa" - e o Porto, também!
Ele contava histórias, anedotas. Ele cantava - sabia todas as músicas e todas as letras, e a voz, tal como a do Pai e do Avô, era magnífica. Ele representava e inventava guiões de teatro. Ele ficava satisfeito com qualquer pequeno presente. Ele brincava com carrinhos ou com jogos, sem dar trabalho a ninguém. Em suma, era um sucesso!
O potencial revelado por aquela brilhante criança veio a revelar-se em vários domínios - é um músico, compositor e executante talentoso, sem disso fazer actividade profissional. Mas poderia!
Já houve tempos em que o vimos actuar em programas de tv, e gostámos. Quem sabe se volta ?
Outro campo em que poderia lançar - se: a pintura! Já participou numa primeira exposição colectiva, e eu tenho 3 quadros dele, que considero muito originais e expressivos. Em jovem, quis seguir arquitectura - teria sido uma excelente opção. Ganhou prémios na Escola de Artes que chegou a frequentar.
A eloquência serve-lhe como "public relations" da empresa familiar, criada pelo Avõ Caetano Pereira. E agora, também, como estudante da Faculdade de Letras do Porto (sociologia). Uma nova vocação, um novo futuro?
Penso que sim!
Em 2003, o João Miguel casou com a Teresa, uma jovem engenheira colega de curso da irmã Manela, bonita, discreta e elegante . Um casamento celebrado numa antiga igreja de Santa Maria da Feira, com copo de água numa quinta junto ao castelo. Memorável!
Em 2005, nasce a Madalena, apenas um mês e meio depois da prima Beatriz, a filha da Manela.
O nome de uma outra Madalena, a minha irmã, que nos deixou meses antes do João vir ao nosso mundo.
Uma encantadora menina de 3 anos, linda e perspicaz, eminentemente sociável, alegre, risonha, afectuosa, a fazer lembrar o Papá, na mesma idade.
Vamos aos comentários: há muito mais para dizer!