segunda-feira, 16 de março de 2009

W72 - ANTÓNIO JOSÉ BARROS AGUIAR PEREIRA

O NOSSO POLÍTICO DE "ÚLTIMA GERAÇÃO"

António José Barros Aguiar Pereira, nasceu no dia 16 de Março de 1960, no Porto, na Ordem do Terço.


Esteve para ser o último Aguiar nascido em casa da Avó Maria, mas a demora em vir ao mundo levou à opção menos arriscada por uma cesariana, na maternidade. E aí o fomos visitar, encantadas (os) com a sua graça há precisamente 49 anos.
Era o primogénito da Xaninha e do Tónio.
Os outros vieram logo a seguir... Muitos e todos lindos!
Olhem as fotografias, que falam por si. Avós Carolina e Serafim, a Mamã (lindíssima!) e o Pai, de neto e filho ao colo, tão evidentemente felizes.
O menino seria para sempre o predilecto dos Avós Carolina e Serafim, e da Bisavó Maria. Pouco importava que ele fosse "terrível", na melhor tradição dos antigos Tios -Bisavós Barbosa, dos Tios Avós Aguiar e, sobretudo, do próprio Papá - de mim não falo, como "prima-avó", mas consta que era da mesma temível categoria.
De um dinamismo e insistência criativa na asneira, punha os manos todos em lágrimas, com as suas partidas, rasteiras e subtis empurrões, e os adultos de cabelos em pé. Com excepção da Avó Maria, que o achava um menino "incompreendido" e demasiadamente castigado pelas autoridades (familiares...).
Uma voz assombrosa - outra bela herança . O Tio Serafim era a estrela do grupo coral da Igreja. O Tónio não cantava no coro, mas não ficava atrás do Pai. E do lado feminino também havia notáveis antecedentes: tanto a Avó Lina como a Mãe gostavam de cantar, ao menor pretexto, e com vozes "gloriosas"!).
O "Tó" ou "Tózinho" , como ainda hoje lhe chamamos, era constantemente comparado com o "Joselito", então no auge de uma vertiginosa carreira de vedeta infantil. Mas, para o ouvirmos, quase sempre era necessário pagar - não muito, contentava-se com umas pequenas moedas, não fazendo, na altura, a devida gestão de tanto talento.
Pouco depois descobriu outro talento, num domínio que era a sua paixão: o futebol!
Portista, como o Pai e o Avô Serafim, tinha qualidade para jogar no FCP, e fazer carreira. Mas não... Ficou-so pelo amadorismo, deslumbrando nos estádios de Gondomar e arredores.
Com tudo isto, foi andando no curso do liceu, com facilidade e sem se ralar demais. A matemática, tirou "apenas" 20 valores...
Porém, terminado o 12º ano, não seguiu para a Faculdade... Ficou na empresa da família.
O curso universitário está a termina-lo agora: Política, Relações Internacionais, naturalmente.
É o líder do CDS de Gondomar, há muitos anos. Já foi candidato à Câmara Municipal, e, se o partido crescer, vai acabar a exercer funções na sede do Município, onde os antepassados deixaram nome, na política e na administração da "coisa pública".
Quem diria? O "enfant terrible", a afirmar-se como o sucessor de vocações políticas, em várias gerações do passado! Imagino o orgulho e a satisfação do Avô Serafim, se ainda estivesse entre nós. E a surpresa do Pai!
E que bonita família a sua!
Três filhos maravilhosos - e todos excelentes alunos.
A Inês entrou, este ano, em Medicina, com uma daquelas notas altíssimas, que são "conditio sine qua non"... Seguindo o exemplo da Mãe, que também foi brilhante aluna e é uma grande médica, na sua especialidade (até já exerceu no FCP!).
O António ( filho), tem um curriculum de infância, porventura, ainda mais extraordinário do que o do Pai, mas assumiu uma postura de jovem muito bem comportado mais cedo do que todos esperavamos! A sua paixão não é, definitivamente, o futebol. Os carros, sim! No que "sai" a Pai e Avô...
A Carolina é uma menina esperta, alegre, expressiva, comunicativa e... corajosa. Passou o "teste", que me leva a atribuir-lhe, além das outras, esta última qualidade ao deixar-se fotografar com o meu grande gato preto, que até é manso, mas amedronta as demais criancinhas. E declama versos, ou representa os autos de Natal, com ar de "verdadeira artista" !

CV breve
Estudos
Primária no Externato Camões. 4ª classe na Escola do Souto, em Gondomar.
1º ano no Liceu Alexandre Herculano - Porto.
No ano seguinte, e até ao 10º, volta para o Externato, por decisão da família (et pour cause...).
Faz o antigo 5º ano com 20 a matemática.
11º e 12º no Colégio Ellen Key (nas Antas - Porto). No exame final tem 20 a matemática e 4 a desenho, o que o obriga a repetir o ano. Acaba com novo 20 a matemática e o suficiente a desenho...
Longo hiato...
Admissão à Universidade Lusíada, curso de Relações Internacionais, em 2005.
sempre com boas notas, termina com média de 15.
Tem caminho aberto para seguir um mestrado, mas ainda não decidiu.

Desporto
Um talento para o futebol, que poderia tê-lo levado bem longe...
Começa no MGC de Gondomar. (Marechal Gomes da Costa).
Depois, sucessivamente, o S. Pedro da Cova, o Gondomar, o Valongo, o Moreirense . 2ª divisão nacional - e, de novo, o Gondomar, onde acabou a carreira, já casado com a Ana Maria. Tornou-se difícil compatibilizar profissão, família e futebol!

Profissão
O Avô leva-o para a sua empresa (multifacetada - electro-domésticos, gás, estação de serviço de gasolina no centro de Gondomar).
Actualmente, sócio de clínicas, com a Ana Maria, e sócio de uma empresa de produtos químicos, farmaceuticos e funerários.

Política
Presidente da Concelhia de Gondomar do CDS, há anos e anos.
candidato pelo partido à Câmara, sucessivamente, em listas próprias ou em coligação com oo PSD. Insubstituível!












11 comentários:

Anónimo disse...

Maria Antónia disse:
Estou à tua espera para cantar os "parabéns a você", e abrir uma garrafa de champagne!
E traz contigo a Ana Maria e os meninos.
Gosto muito de vos ver. Tenho Saudades.
Felicidades, beijinhos

Tia Giginha

Maria Manuela Aguiar disse...

Estou de partida para Montreal, a fazer malas, e a tratar das sequelas do Congresso das Mulheres Migrantes, que são piores do que foi a sua preparação...
Mas, depois de chegar, tenho muitas histórias, ainda não contadas, sobre o pequeno e o jovem Tó!
Tudo de bom!

Maria Manuela Aguiar disse...

O Tózinho e a Manela( por sinal, o mais velho e a mais nova dos meninos "Aguiar Pereira", e, ainda por cima, padrinho e afilhada) foram os únicos que nunca nos atrevemos, os meus Pais e eu, a trazer para fins-de-semana em Espinho ou no Porto: ele por ser considerado um caso impossível de gerir ou comandar com probabilidade de sucesso, ela por ser demasiado mimada - a "menina da Mamã".
Os outros eram todos muito bem comportados, disciplinados e...disponíveis!
O Tózinho era um indisciplinado extremamente simpático, e, longe da multidão dos outros manos, talvez tivesse constituido uma boa surpresa.
A permanente travessura, em companhia infantil, não constituía perigo. Não era mau, nem violento, mas sim "buliçoso" - não gostava de calmaria, de águas paradas e punha tudo em movimento, com pequenas e inofensivas rasteiras ou cotoveladas, que provocavam grande gritaria. Isto é, o efeito lúdico pretendido!
Como adivinhava a Avó Maria, sob aquela camada superficial de dinâmica agressiva, escondia-se uma segunda camada, formada só de belas qualidades - bondade, alegria, vivacidade, inteligência... - que iam irrompendo, crescentemente. "Um coração de ouro"! Expressão da Avó, ou, para ele, mais propriamente, Bisavó, dita e redita muitos anos antes do Major Valentim a popularizar como lema de campanhas Gondomarenses...
Para haver paz no lar paterno, o primogénito era levado para casa dos Avós Lina e Serafim, que, como é sabido, o adoravam. Lá se distraía, sem causar comoção.
Mas, por exemplo, no meu casamento, nem sequer com os Avós o deixaram ir à Igreja! Só aparece, na 2ª fase. na festa realizada na Vila Maria. E chiquíssimo, de calção de veludo azul marinho e blusa branca. Bonito, como sempre foi, e, nas fotos tirados no jardim, com ar de ompecável pequeno "Lord Fountleroy".

Bia disse...

Mano António...tantas histórias existem para contar...em pequeninos, o mais velho de sete irmãos, adorava entrar em casa e logo dizia: vou pôr todos a chorar! e começava pela Nó, chamando-lhe "vidrinho de cheiro", à Lé "filhezas", ao Carlos, "dentuça" ou "carlota da velhota", ao Joca, "orelhas de camurça", a mim, "parachila" ou "Chilinha" e à Kika, "rutchibrugi" (que ainda hoje não sei bem o que quer dizer) a verdade é que estes nomes nos punham ao rubro...e de imediato começava uma sinfonia de choros!
Lembro-me também que um dia, despois de nos fazer uma série de "maldades", os seis irmaõs reuniram em assembleia geral no quintal da casa (Rua Novais da Cunha) e em conspiração decidimos: vamos à vingança...e vamos "tramá-lo"; foi então que lhe sugerimos prendê-lo ao tronco do limoeiro com cordas à volta e cheia de nós e uma vez que ele dizia que era invencível, teria que se libertar sózinho; é claro que ele aceitou de imediato o desafio já com um ar absolutamente triunfante...foi hilariante...pois as cordas e os nós foram tão bem feitos...que o mano Tó não se consegui desprender...era vê-lo berrar a chamar pela mãe...ahahahah...foi tão giro!
É um rapaz inteligentíssimo de um coração enorme, sempre pronto a ajudar...
Lembro-me do avó Serafim contar que quando andava de automóvel com ele, o Tó acenava a toda a população da terra...pois toda a gente o conhecia pela sua simpatia, alegria, boa disposição e especialmente por ser mesmo amigo de ajudar; de tal forma que nós, os seis manos, não tinhamos nome, eramos conhecidos pelos irmãos do Tózinho!!!!
Ainda hoje gosto tanto quando ele me chama "Chilinha"!
Parabéns mano tudo de bom pata Ti
bjs
Chilinha

Anónimo disse...

Maria Manuela Aguiar disse...
Incrível:
Este ano o Tó completou o seu cinquentenário!
Tive imensa pena de perder a festa -acabada de chegar da América, do far-west, ainda com os fusos a confundir o ontem e o hoje, e com a mãe a dar-me o recado trocado, julguei que ía acontecer no dia seguinte.

Anónimo disse...

Maria Manuela Aguiar disse...

O Tó esteve cá no último domingo, e muito falamos de carros e bicicletas.
De carros: do condutor precoce e brilhante que ele era, de alguns incidentes, acidentes e cómicas histórias, que nos fizeram rir a bom rir.
De bicicletas: de quando ele veio, aos 8 ou 9 anos, disputar a então famosa "Volta a Espinho"e nem chegou a partir. A bicicleta era pequena e velha e mal ele deu a 1ª pedalada, quebrou-se a roldana do cadeado. O menino abandonou a pista em lágrimas, com o papá a rir-se dele - ainda por cima.
E nós, o pai e eu, que, da varanda da casa do Dr. Ramos Pereira, na Av.8, esperavamos a passagem do campeão, esperamos em vão!
Também muito desiludidos, porque punhamos na sua habilidade grandes esperanças.
No ano seguinte, as coisas correram melhor: apesar da bicicleta ser ainda a mesma, apesar de ser muito inferior à da maioria dos pequenos participantes, conseguiu um excelente 6º ou 7º lugar. Era um ás do pedal!
Alías, era óptimo em qualquer desporto, do futebol, que se joga com os pés (não só, mas principalmente) ao bilhar, que exige sobretudo destreza de mãos...

Maria Manuela Aguiar disse...

Para quem tirou nos exames do liceu, por três vezes, 20 a matemática, não se poderá dizer, que só brilha pela destreza de mãos...
Não sabemos a razão porque não se dedicou, por exemplo, ao xadrês.
Possivelmente, tinha ido longe!

Maria Manuela Aguiar disse...

Um desporto em que progrediu, já na casa dos 40, foi o golfe -
a Ana Mª e ele são sócios do Oporto Golf Club.
Aqui ajudou a tal famosa destreza de mãos!

Maria Manuela Aguiar disse...

Outra curiosidade, que ainda ninguém lembrou: nos primeiros anos de casado, ganhou o totobola.
60.000 contos! Antes do Euro, quando uns milhares de contos eram bom dinheiro.

Maria Manuela Aguiar disse...

Acho que a carreira futebolística do Tó foi prejudicada por ter tido um crescimento tardio. Quero com isto dizer que aos 13, 14 anos era, como os dois irmãos, de baixa estatura e magrinho. Muito habilidoso, criativo, enérgico, mas de aspecto enganadoramente frágil...
De repente, lá para os 16 ou 17 anos, chegou a um metro e oitenta!
Com os manos, exactamente o mesmo se passou. Todos são, hoje, muito altos, como o Avô Serafim!
Já as meninas foram crescendo gradualmente - as duas mais velhas acima de 1.67 ou 68. As duas mais novas ligeiramente mais baixas.

Maria Manuela Aguiar disse...

Durante uns anos, o Tó pertenceu ao meu grupo de idas ao estádio das Antas - eramos quatro: o Tio Serafim, O Tónio e ele, Isto é, eu ía com 3 gerações de Caetanos Pereira!
Não sei se o pequeno Tó ía sempre, como nós, os grandes. Não tenho a certeza. Sei que nenhum dos irmãos participou nessas gloriosas tardes de domingo!