Já foi falado neste Círculo o piano alemão que faz parte das memórias alegres da Villa Maria.
E hoje entrou na conversa de uma animada tarde de sábado, com a família reunida aqui em casa.
Estava eu a falar da programação cultural, de que agora me ocupo a nível da autarquia, em especial daa sessões musicais do Multimeios, onde o piano tem sido utilizado nas noites de 5ª feira e dizia que gostaria de o levar, de vez em quando, para o Face (Forum de Arte e Cultura de Espinho). Porém, desisti da idéia, por causa do risco de dano durante o transporte.
Atalha a mãe: "Não há problema! O nosso piano foi muitas vezes emprestado para as festas da Ala Nuno Álvares e nunca se estragou".
E, depois, contou que era levado e trazido em carro de bois!!!
Só mesmo a Avó Maria deixaria o piano passear num carro de bois, sempre que era "requisitado", a bem da terra ou da paróquia...
2 comentários:
Quantas vezes eu, como grande parte de crianças de v+arias gerações, martelei escalas e insuportávais composições de minha lavra...
A tudo resistiu o piano...
Quantas vezes ouvi a mãe e as tias a tocar o piano. Simplesmente piano, ou acompanhamento ao piano de vozes maravilhosas, como as das Tias Lina e Lola, do Tónio ou do Tio Serafim.
E também me lembro bem dos ensaios para a missa de comunhão do Nestó e da Docas, na primavera de 1954. O coro familiar que maravilhou a Freixêda - lá ao som de um orgão emprestado por vila vizinha, porque era demasiado longe para levar o piano (teve de se contentar com os ensaios...).
E lembro-me do meu sentimento de exclusão, porque podia ouvir, mas não cantar com a minha afinadíssima família...
Desafinava, irremediavelmente!
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