domingo, 11 de abril de 2010

W161 - OS NOSSOS CARROS

Vamos todos falar dos carros.
Quem começa?

37 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Tirei a carta depois de acabar o curso, em 1966. Comprei, com o meu vencimento, o primeiro carro, um Vauxhal Viva, beige, de estofos azuis. Era daqueles exemplares dos vendedores de stand, com apenas 6 meses de idade.
Parecia novinho em folha!
O conselho de comprar um veículo usado foi do Pai, que achava que quem tirava carta, de seguida, ainda ía fazer umas asneiras.
Por acaso, nesse aspecto, contra essas expectativas, nunca estraguei os automóveis, nem por dentro, nem por fora.
Saiam da minha mão como tinham chegado...
Daquele Viva nunca gostei muito. Era duro de conduzir, lento, muito "alto", com pouca estabilidade...
Um perigo para uma principiante!
Como não gostava da sua condução, troquei-o pouco depois. Por um NSU Prinz, cinza escuro, com uma pequena faixa branca. Tinha pertencido a um corredor de ralis!
Estava tão "acelerado", que, em quarta, desenvolvia de tal modo que não era necessário meter a 3ª para ultrapassagens rápidas. Dava uma grande segurança à condutora e levava-a a usar a máquina a velocidade acrescida. Assim achava o Pai...
Todavia, apresentava um pequeno problema: a caixa de velocidades, que parecia mais usada do que o resto da maquinaria, pelo meu ilustre antecessor.
Um dia, "desengatou" e eu fiquei na berma da estrada a caminho do Jamor, onde ía assistir a um jogo internacional de futebol.
Foi um desespero!
O Manel estava comigo, mas não sabia o que fazer e eu até lhe disse: "afasta-te, porque os voluntários da assistência param mais facilmente para uma pobre mulher sozinha do que para um casal!".
Entretanto, houve um simpático entendido em mecânica que parou mesmo! Diagnosticou um caso ali, assim, insolúvel, mas conseguiu engatar a segunda e aconselhou-nos a seguir devagar, sempre com a caixa de velocidade naquela posição. Fomos a pé para o estádio - que era ali perto - e, depois do jogo, fizemos exactamente como ele mandou e lá chegamos a uma garagem de Lisboa, onde a reparação foi feita.
Porém, eu tinha perdido a confiança no meu "carro de corrida" e vendi-o!
O meu sucessor era um morador em Valbom, e, muitas vezes, durante anos, eu via o carro estacionado na estrada a caminho da S. Cosme.
Era como rever um amigo!
(continua - estamos ainda em 1967...)

Maria Manuela Aguiar disse...

O 3º carro era um bom companheiro: um Hilman Imp, também impecável, de bonitas linhas, baixo, compacto, com grande adesão ao terreno. Óptimo para conduzir! Respondia bem na estrada, nas ultrapassagens.
Era beige claro, quase branco.
Foi destruído pelo Manel na sua 1ª viagem Lisboa - Porto, ao volante. Com a carta tirada na tropa e aquele excesso de confiança que o caracterizava, o desastre era previsível. recusei-me a vir com ele e aconselhei a família - Tia Lola, Xana - a fazer o mesmo. Elas, felizmente, ouviram-me...
Estavamos, ainda, em 1967.

Maria Manuela Aguiar disse...

O carro foi propriedade comum, enquanto o marido não guiava. Quando ele tirou carta naquelas condições de facilidade, eu vendi-lhe a minha metade - sobretudo para me irritar um pouco menos, com os estragos que eu antevia na propriedade móvel, entregue nas suas mãos inábeis!
Depois do Hilman seguir para a sucata, ele comprou um outro IMP, cheio de extras (à Manel!). Vermelho muito escuro. Lindísimo. Um espanto de condução...
Ficou naturalmente com ele quando nos divorciamos.
Em 1970. Estava eu - desde 1968 - em Paris, onde comprei, na altura do regresso, um Peugeot 304, de um modelo acabado de surgir no mercado francês!
A Docas fez comigo a rodagem do 4º carro, pelas estradas da Bretanha e da Normandia.
Depois, comigo veio na viagem de retorno à pátria.
Foi o Domingos, então despachante da alfândega, que tratou da legalização da viatura. Uma simpatia! Não tive trabalho nenhum.
Esse carro fantástico andou comigo durante mais de 20 anos!

Maria Manuela Aguiar disse...

A marca é a mesma, mas não me digam que carro fabricado mesmo em França é igual ao que produzimos cá...
Na minha mão aquele carro teria sido eterno - uma perfeita Dona Elvira!
Para mim, o único "senão" eram as velocidades no volante... Dá-me muito mais prazer a caixa de velocidades lá em baixo. Eu sou das que usam a caixa abundantemente!
Pormenor simpático: o carro tinha tecto de abrir. O meu pai gostava desse extra. Eu não. Sol na cabeça é coisa que não me fascina.
O pai, pelo contrário pertencia à ala dos "adoradores do sol". Passava o verão na praia a bronzear (mas não bronzeava - questão de qualidade da sua pele branca, ou, quando muito, vermelha, mas nunca escura...as famosas origens nórdicas!).

Maria Manuela Aguiar disse...

Infelizmente o carro acabou mal.
Quando decidi comprar outro carro novo, vendi -o, por módica quantia (não valia mais, com tantos anos de curriculum...), ao Tio Gustavo e el, que tinha outros carros, deixou-o narua, começaram a roubar-lhe isto e aquilo... Foi o declínio...
E eu estava mal servida com a nova aquisição: um Volkswagen Jetta, azul marinho, comprado em promoção.
Desconfortável e pouco potente, porque era "baixo de gama", com cilindrada insuficiente para a sua dimensão, não permitia a condução a que estava habituada.
De entre os comprados novos foi o de menor duração - 1990/1993.
Ofereci-o ao João Miguel quando decidi voltar à Peugeot. Um 304, cinza escuro. Muito agradável, óptimo para a minha coluna, óptimo para a estrada, rápido, seguro, de linhas que ainda hoje são bonitas.
Um defeito, por estupidez minha: não tem direcção assistida.
Nestes últimos anos, tem andado nas mãos do Nónó, mas essa fase chegou ao fim. A Nó acaba de comprar um Peugeot 407 e eu estou na indecisão entre manter o meu bem-amado, velho e "reliable" carro (ainda em muito bom estado, mas pesado para arrumações) e comprar um substituto.
Também francês, certamente!

MA disse...

Comecei por tirar a carta aos 18 anos... mas depois de reprovar 2 vezes na condução (mesmo já sabendo conduzir) o primeiro carro que conduzi foi o Fiat Uno da Nó (comprado pela Mamã) com o qual também tive o meu 1º acidente!
Pelo meio, emprestado pela Manela, andei com um Peugeot 306 nas idas para a ANJE, ainda no tempo de estagiária. Seguiu-se o famoso "charuto": um fantástico Renault 11, grande companheiro das noitadas e de algumas idas para Aveiro! Em 1998 comprei o meu primeiro carro o meu Peugeot 106, o meu “JV”... O meu boguinhas que durou até Fevereiro deste ano, sem nunca me deixar ficar mal! E agora a minha Fábia Break (usada) uma vez que a família aumentou e era incomportável transportar 4 no boguinhas a dar as últimas!
bjs e ab para todos

Rosa Maria Gayoso disse...

Conforme o desafio da Manela vou contar uma história relativa a dois automóveis muito conhecidos. A “Joaninha” do Tio João e o meu “Carocha”. Dois carros com nome de insecto. Eu e a Tia Giginha tiramos a carta mais ou menos na mesma altura, por isso éramos dois perfeitos Fangios, quando resolvemos dar um passeio a Espinho. No “Joaninha” ia a Tia Giginha, a minha Mãe e a Lecas. No “Carocha” eu e a Manela. A viagem correu bem só que quando chegamos à rampa que existe na estrada velha ao chegar a Espinho, reparei que a”Joaninha” estava a recuar. Eu muito esperta em vez de sair da trajectória dela, recuo também para ela não me bater. Não vale a pena escrever o que a Manela disse. Deixo à imaginação de cada um. Entretanto vi que a Lecas estava toda deitada sobre o banco da frente e o carro parou. Claro que a Lecas travou com o travão de mão. O regresso ao Porto correu com toda a normalidade.
A próxima vez que entrar no blogue conto a história do passeio a Monsanto com o Manel, creio que no Sinca da Manela.

Maria Manuela Aguiar disse...

Tenho uma vaga ideia dessa viagem inaugural das duas neófitas...
Quanto ao carro em que aconteceu a travessia de Monsanto by night, creio que era mesmo o tal desditoso IMP, que acabou às mãos do Manel - ainda não nessa noite.
O SIMCA era do meu pai e eu nunca o confiaria àquele particular condutor - disso tenho a certeza!

Maria Manuela Aguiar disse...

Deixa lá, Manela!
Eu também chumbei no meu 1º exame de condução. Foi o primeiro e último "chumbo" da minha vida.
O Manel, a minha mãe e a Mª do Carmo, que eram condutores "de susto", passaram brilhantemente à primeira tentativa!...
Como diz o povo, vale mais cair em graça do que ser engraçado...

Rosa Maria Gayoso disse...

Manela eu bati todos os records, só á 3º trouxe a carta, ja o Guilherme passou á 1º......e guia bem....

Rosa Maria Gayoso disse...

A historia dos meus automoveis é simples. Quando tirei a carta comprei um Volkswagen carocha dourado com as jantes verdes. Tive-o imensos anos ate que começou a meter agua pelo aquecimento. Vendi-o e comprei um Fiat 127 vermelho que adorei. Acabou no fundo de um buraco conduzido pelo Zé e com o Guilherme lá dentro. Não matei o Zé por um acaso. Depois tive um Audi 50 branco. Era um autentico carro de luxo, só que avariou o manómetro da temperatura e gripou. Depois comprei o meu Renault Clio que ainda hoje tenho e tem a melhor condução do mundo. Penso que em carros fico por aqui, a não ser que o clio me deixe mal....

Maria Manuela Aguiar disse...

Aí está mais uma prova de que chumbar no exame de condução, mesmo que seja 3 vezes seguidas, é de bom augúrio, porque a Rosa Maria é excelente volante. De contrário, nenhum carro, fosse ele um Renault Clio ou qualquer outro sólido carro de fins do sec XX, aguentaria tantos anos, em boa forma. É o que se chama estar "em boas mãos".

Maria Manuela Aguiar disse...

Falar de carros e das suas histórias, também, naturalmente.
Lembro-me bem da minha primeira viagem longa por estrada - um Porto-Lisboa, com o meu "Viva".
Para relativa tranquilidade dos meus pais, o vendedor do carro, que era pessoa conhecida, arriscou pedir-me boleia, nesse dia. E lá fomos, em amena conversa até chegar ao destino. Eu achava que me tinha saído lindamente, mas, soube que, mais tarde, esse observador independente disse ao meu pai que eu guiava bastante bem, mas fazia algumas curvas fora de mão...
A verdade é que o carro não ajudava ("aderia" mal ao terreno...) e a condutora era inexperiente. Ensinam-nos apenas a andar na cidade, o que é muito diferente de "fazer estrada".
Nos anos seguintes, especializei-me no longo curso e garanto que há muito deixei de curvar pelo meio do caminho...

Maria Manuela Aguiar disse...

Pois é! Até exagero na preocupação de curvar de preferência sobre a berma...
Quando, em 1970, na companhia da Docas, rodava o Peugeot 304 na Bretanha ao cortar, com o devido cuidado, uma curva nesse sentido, pisei uns estranhos ferros que não sei o que ali faziam, em concreto (nunca mais vi tal coisa em tal sítio - um despropósito!) furando o pneu tão completamente que o novíssimo carro "aninhou", de imediato, sem me dar hipótese de prosseguir, e de estraçalhar o que daquele restava...
Era uma estradinha secundária, muito estreita, a recomendar cuidado, até porque em França já então não se usava a buzina (em Portugal, sim, abundantemente, à época!).
Depois conto como saímos da situação numa estrada deserta, sem viv'alma à vista...

Maria Manuela Aguiar disse...

Tinha a vaga ideia de que essa história do furo fatal durante a incursão bretã já estava contada no blogue - e está mesmo. No capítulo das "viagens da Manela".

Anónimo disse...

Xaninha disse

O último carro que tivemos era um OPEL 1900, de cor beige. Enorme - cabíamos, dentro, nós e os 7 meninos.
Foi comprado novinho, e ainda está guardado na garagem, em Gondomar.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Mª Antónia Aguiar disse

O primeiro carro que tivemos depois de casar foi um Austin preto - muito velho, já. A certa altura abriu mesmo um buraquinho atrás, epor aí as meninas, que eram muito pequenas, faziam "chi-chi" em andamento, sem nos obrigarem a parar. Muito prático!
Eu achava-o muito feio, mas agora seria uma bela D. Elvira.
Dos lados, tinha largas plataformas de acesso às portas, como agora têm os comboios - depois, compramos um BMW branco, de que eu gostava muito.
Mas o João vendeu-o ao fim de pouco tempo. dizendo que tinha defeitos. Não notei...
A seguir veio outro carro feio - um Taunus.

Anónimo disse...

Mª Antónia Aguiar

Já quando eu tinha carta de condução, o preferido foi um Renault - Joaninha, branco.
O único, que tinha o tamanho ideal para eu guiar.

Maria Manuela Aguiar disse...

Não me lembro exactamente das marcas dos carros do pai. O que eu própria conduzi, um metro de estrada, aos 4 anos, a caminho de uma descida íngreme e fatal - não fosse o meu avô trava-lo à mão! -
devia ser esse 1º Austin...
Quando andava no Sardão lembro-me de um outro Austin - muito mais moderno, evidentemente. Creio que era esse que tinha tecto de abrir. No verão, a caminho da Foz, aos domingos, a Lecas e eu viajavamos de pé e de cabeça de fora, a arejar e a ver a paisagem. Não era tão perigoso como parece, porque o pai guiava devagarinho, havia engarrafamentos e ele era bom condutor. Nunca teve um acidente, na sua vida inteira. (ao volante - atrás, partiu um braço num choque, com o Tio Serafim a conduzir...)-

Maria Manuela Aguiar disse...

Dos carros do Pai, mais recentemente, recordo um FIAT 850, que sucedeu à Joaninha - pequenino, como a mãe queria para guiar - um FORD ESCORT, cinza escuro, novo em folha (de 1968, quando eu estava em Paris - até me mandaram para lá a fotografia, com a mãe de cadelinha Mora ao colo).
Desse carro não gostava eu. Achava-o lento nos arranques, nas ultrapassagens e convenci o Pai (muito relutante!) a troca-lo por um SIMCA, daqueles que se viam em ralis. Também novo, claro!
A época dos carros em 2ª mão era coisa do passado distante.
Depois do SIMCA, que durou uns anos largos, resolvemos partilhar o meu PEUGEOT 304, porque o Pai já estava reformado e não precisava do carro no dia a dia.
Assim partilhamos, seguidamente, o JETTA e o PEUGEOT 3006.

Maria Manuela Aguiar disse...

OS CARROS DO TIO DAVID

Um dos mais fantásticos carros da minha vida foi o CITROEN do Tio David - aquele modelo famoso, que ficou conhecido por "arrastadeira": seguríssimo, mais largo do que comprido, de formas arredondadas. Muito bonito. Um dos carros mais bonitos de sempre, a meu ver.
E fantástico, também, o condutor!
Era a minha escolha prioritária, porque ultrapassava tudo e todos!
As tangentes que passava aos peões e aos outros veículos! Emocionante!
Tinha um golpe de vista, uma tal firmeza, que se podia permitir essas aventuras, sem risco para si e para os outros. Mas pregava sustos a quem não sabia disso. Não era o meu caso.
As horas e horas felizes que passei nesse carro...
O Tio David comprou-o novinho e manteve-o, em plena operacionalidade, anos e anos.
Depois, optou por um carro grande, azul acinzentado, cuja marca, de momento, não me ocorre.
Seguido, na década de 60, de um aerodinâmico FORD CAPRI, muito desportivo.
Tinha duas cores fortes, amarelo e preto. Também durou muito, como os demais, porque o Tio sabia mantê-los impecáveis.

Maria Manuela Aguiar disse...

Já me lembrei da marca do carro azul claro do Tio David: um TAUNUS, enorme!

Maria Manuela Aguiar disse...

OS CARROS DO TIO SERAFIM

Teve muitos carros, alguns sensacionais.
Dos mais antigos haverá algumas imagens - será o único meio de reconstituir os factos, isto é, as marcas.
Daqueles de que os netos se lembram houve:
Um FORD CORTINA, branco, lindo!
Um grande OPEL, beige(rabo de peixe, na expressão do Tózinho).
Um MERCEDES 220 SL, cinza, escuro.
Um outro, que ele emprestava ao neto mais velho, um AUSTIN CAMBRIDGE, foi destruido, pelo Castro abaixo, pela mão do neto - o Tó.
Foi perto de casa da Meira, que, a meio da noite, ouviu o ruído e disse ao Mário: Se calhar, foi um avião que caiu aqui perto!
Seguiam no carro vários amigos, um deles o Zé Manel Desport, foi o que se feriu mais gravemente, mas já depois do choque, a tentar abrir a porta à cotovelada. O outro, o irmão do Alvarinho, que ficou a gaguejar até ao fim da longa noite.
O Tó estava a deitar sangue, mas foi rapidamente tratado pela D. Iponina, casada com o Sr. Anselmo.
Maior desgosto do que a perda do carro, foi o ter estraçalhado um casaco Mistral, que tinha cistado 5 contos (à época, uma fortuna).
Outro dos ocupantes era o Jorge da farmácia, que levava um pacote com 24 bolos e não queria partilhar nenhum.
O Tó começou a travar para o obrigar a largar a caixa dos bolos, mas, a certa altura, verificou que os travões não obedeciam.
Quando disse isso aos amigos, eles ficaram todos histéricos, gritavam, enquanto o Tó tentava que, na descida íngreme, o carro perdesse velocidade, encostando às bermas e depois aos muros. Até que investiu contra o muro da D. Iponina, levantando uma nuvem de fumo branco.
Dizia um deles:
Estamos no céu!
Não estavam. O do braço partido foi de ambulância do hospital.
O Tó foi buscar o Opel do Avô e trouxe-o do hospital, já de braço engessado.
Ainda foram ao Crasto ver os estragos. E descobriram espalhados pelos caminhos, muitos dos 24 bolos.
O sinistrado apanhava os bolos, limpava-os à mão e comia-os...

Maria Manuela Aguiar disse...

Aquela história está mal contada. Eu ía escrevendo enquanto o próprio Tó relembrava, com uma graça imensa, que não está captada no comentário. Choravamos a rir!
E, depois a reacção do Avô Serafim, que soube de tudo logo às 7.00, como era de esperar numa terra pequena. Foi logo, muito aflito, visitar o Tó e, de mansinho, perguntou-lhe: Então, como te sentes?
Mas, logo que ele, muito descontraído, respondeu que estava bem, choveram as diatribes: Seu malandro, seu irresponsável... e por aí fora!
Que maravilha, o Tó a imitar o Avô!
Um Avô, que, como ele sabia, gostava tanto dele como o meu Avô Manuel de mim. Uma loucura!

Maria Manuela Aguiar disse...

Como já foi dito, o Tio Serafim era péssimo condutor. Péssimo é aina dizer pouco. Uma negação!
Mas os Antónios, filho e neto, eram, pelo contrário, volantes talentosos e "de nascença".
O Tó começou a pegar nos carros da família aos 9 anos!!!
(a quem sai o 3º António, o bisneto?)

Maria Manuela Aguiar disse...

OS CARROS DO MÁRIO

Teve vários e várias vezes me deu "boleias" - homem de altas velocidades, nas viagens de longo curso, como logo constatei num primeiro Lisboa-Porto.
Associo sempre o Mário à Volkswagen!
Lembro-me bem do famoso, e eternamente jovem "carocha", que tinha quando foi para a guerra de África.
Depois aderiu ao VW Passat - creio que teve vários, sucessivamente.
O último foi, porém, um Mercedes.
Mudou de marca, mas mantendo-se fiel ao mesmo país de origem - a Alemanha!
Espero que o Paulo dê mais pormenores e, porventuara, avance com rectificações.

Maria Manuela Aguiar disse...

Ainda sobre as aventuras automobilistas do Tio Serafim: muito se falou hoje, também, daquele dia em que o Tio ia a caminho de Santo Tirso, com mulher e filhos, e, na serra de São Miguel ao Anjo, o carro escapou-se-lhe numa curva do caminho e virou serra abaixo, aos baldões...
Salvaram-se todos, excepto do susto.

Maria Manuela Aguiar disse...

Como homem inteligente que era, o Tio Serafim avaliava bem as suas aptidões nessa área...
Uma vez ia só com o Tó e o Tó passava o tempo a chamar-lhe a atenção:
"O Avô vai no meio da estrada. Cuidado!"
Até que ele parou e lhe disse:
"Passa para o meu lugar e guia!".
Ele não tinha carta, nem idade para a tirar, mas guiava, por gosto...e bem!
Supõe o Tó que teria apenas uns 15 anos...

Anónimo disse...

Maria Manuela Aguiar disse...

O SIMCA 1200 que eu "obriguei" o pai a comprar, porque me recusei a conduzir o ESCORT, era novo, mas um modelo que já tinha uns anos, porque durou muito e estava em fim de série. Isso para o Pai tinha a maior importância e para mim não tinha nenhuma.
O Pai alegava razões económicas - o carro desvalorizava quando saía um novo modelo - mas eu acho que, na realidade, ele gostava da novidade, de modelos de linhas mais modernas, mais aerodinâmicas.

Anónimo disse...

O CARRO DA DOCAS
Não me lembro da marca. Era um simpático carro de cidade.
Mas a Docas, que tirou a carta em Luanda, e estava habituada à quietude das picadas africanas, praticamente não o guiava em Lisboa, no meio da confusão.
Desfez-se dele rapidamente, por absoluta falta de uso...

Docas disse...

Vide, em mensagem autónoma, menção ao novo carro da Nónó.
O PEUGEOT 407.

Isabel Aguiar disse...

pois então...lembro-me como se fosse hoje do Opel Record do meu pai, muito lindo!
A minha mãe referiu que íamos os nove lá dentro mas eu acho que a lotação era maior, tenho ideia de irmos todos nesse carro com o Avô Serafim e a Avó Carolina, alguém me sabe dizer se é verdade ou estarei a sonhar????

Isabel Aguiar disse...

Miramar, férias, verão... a Nó ainda não tinha os 18 anos e queria conduzir...a Matriarca autorizou e lá foi com a sua princesa dar uma voltinha no Opel Record do papá... pois não correu muito bem e a curva foi mal calculada, o avô reagiu bem (a causadora dos danos era sua Teresinha)quem não gostou foi o mano António que se "espumou" todo!!!

Isabel Aguiar disse...

A mãe só me deu a carta de condução quando a Manelinha fez uma revolução lá em casa e disse eu quero conduzir...pois então se ela podia a Isabelinha também teria direito!!!!
Fomos as duas à Escola e a Kika parecia ter muito mais competência para a condução...
no dia do exame a Kika cheia de confiança, braço de fora, uma só mão no volante....cheia de estilo, bateu num passeio...ah ah ah...ela chumbou e a tranquila Isabel com as duas mãos agarradas ao voltante passou...hi hi hi

Isabel Aguiar disse...

depois de encartadas, a mãe deu-nos o Fait Uno da Nó (cinza) e partilhavamos o carro...isto é, eu à semana e ao fim de semana a meias...que guerra que era!!!!!!!!!
depois deu-nos o Renault 19 do Alberto (cinza também...lembro-me das letras da matrícula, RB) depois fiquei com um Fiat Uno do Carlos...letras QX, queimei o motor...e finalmente comprei o meu primeiro carro, Fiat Punto 89-89-PU, estou farta dele e qualquer dia vai de vela....

Maria Manuela Aguiar disse...

Lélé disse:
eu já estava casada quando tirei a carta de condução; tirei a carta à primeira com apenas 25 lições; o meu ex marido ofereceu-me um Renault 5 castanho com um "motor especial"; foi um carro que emprestei aos manos para passear as namoradas!; a seguir veio o Renault saga com tempo de abrir...era um carro mais seguro...tinha nascido a Joana! depois foi o clio luna verde que era mais espaçoso e tinha cinco portas; entretanto após o meu divórcio, achei que tinha direito a um carro em condições, de acordo com o meu estatuto de divorciada e então resolvi comprar um Ford Focus...não sei o modelo...já não me lembro massei que tinha 80 cavalos...hi hi hi
era assustador pois eu punha o pé no acelarador e de repente estava nos 180, por isso resolvi trocar para o ford focus cmax a gasóleo para ir para a a escolinha...na serra! e aqui está o meu resumo automóvel!