sexta-feira, 5 de março de 2021

NESTÓ E ZÉ

Sobre a tia Mariazinha, eu e a Zé enviamos o pequeno texto, que se segue, pedindo que o consideres no bloghistória II : « Temos sentidas saudades da tia Giginha. Temos dificuldade ao descer a Rua 7 , quando passamos em frente ao número 307 porque a vemos, com muita intensidade, à janela do rés-do-chão ou à porta de entrada quando vinha despedir-se. São recordações, estas e outras, que doem por serem imagens irrepetíveis. Eu recordo-a desde muito pequeno, há mais de setenta anos, e a Zé privou com ela desde que regressamos de Angola em 1974. Passamos imensas tardes juntos, imensas tardes de convívio caloroso, pelo prazer da companhia, ou em reuniões festivas para celebração de tantos eventos familiares. Que dizer? Embarga-se a garganta, emocionamo-nos. Foi uma perda arrasadora. Ficam as recordações de uma tia sorridente, afável, amiga, carinhosa, espirituosa, tantas vezes irreverente... inesperadamente irreverente. Recordo a íntima comunhão com a minha mãe, cúmplices de tanta vida (mais de noventa anos) que as tornou profundamente aliadas e confidentes. Irmãs gémeas ou "galos doidos" como eram conhecidas no colégio que frequentaram juntas. Mais recentemente, guardamos da tia Mariazinha, para sempre, a imagem de uma senhora já frágil, distinta, monárquica, em passo miúdo a caminho da confeitaria Latina, de casaco comprido de peles, apoiada na sua bengala de punho encasquetado a prata. Obrigado Tia Mariazinha. Até um dia... » Um abraço Nestó e Zé

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