domingo, 14 de dezembro de 2008

A FAMÍLIA DE AVINTES




Avintes, o espigueiro. Casa do Paço, onde, nas últimas décadas do século XIX, viviam os nossos antepassados, e uma paisagem da quinta da Pena, propriedade deles, situada do outro lado da rua.









Os nossos bisavós comuns chamavam-se Quitéria Francisca Pinto e João Dias Moreira. Casaram tarde. Ela já com mais de 30 anos.
Talvez por isso só tenham tido dois filhos: Manuel, o meu Avô, e Francisca, a Avó do António Manuel.
Do casamento dos meus Avós Olívia e Manuel nasceram quatro filhos, mas sobreviveu apenas o João, meu Pai.
A Tia Francisca e o Tio António Reis tiveram três filhos - o primeiro, que morreu à nascença, o António, Pai do António Manuel, e a Maria Angélica, cujos filhos (dois) morreram no parto.
O meu Pai casou com a Maria Antónia Aguiar. Das duas filhas, a minha irmã, Madalena , tão cedo desaparecida, e eu própria, não há descendência.
O António Reis casou com a Amélia Soares de Albergaria, e o seu único herdeiro é o António Manuel, que, por sua vez casou com a Debbie Randall e tem uma filha, a Chloe Angelica.
É, até à data, a última desta linha familiar, a última esperança da sua continuação, por muitas gerações.

























Bisavós e filhos Francisca e Manuel









8 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Tenho de procurar mais e melhores fotos. Comecei pela eira da casa do Paço e pelo proprietário, o bisavô Moreira, em traje do dia a dia.Segue-se a Tia Francisca Reis, no fotógrafo. Pelo meio há duas, tiradas na magnífica casa ( ou melhor, nos jardins)do Primo, em Burlington, nas margens do lago, quando lá estive, pela última vez, com a Nónó. Aparecemos os dois, logo, foi ela a autora do disparo. E, por fim, a Chloe, em duas idades diferentes. De uma 1ª a uma 5ª geração. Mais para trás, não há retratos...

Maria Manuela Aguiar disse...

Já agora menção também á fotografia do menino com a sua Mãe e da outra, com os Pais, no dia do meu casamento

Maria Manuela Aguiar disse...

Também em vestido informal, a célebre visavó Quitéria Francisca Pinto:
A que se vestia de homem para jogar varapau nas feiras (apesar de ser de muito pequena estatura!);
A que era capaz de passar um serão a bater tudo e todos nas "cantigas ao desafio";
A que era uma fantástica contadora de histórias - representante exímia da nossa tradição de oralidade;
A que tinha uma memória extraordinária e, já velhinha, reproduzia, fielmente, horas de de animadas cantigas so desafio, de que fora protagonista - "eu disse", "ele respodeu", "ele disse, eu respondi"...
A que recusou, com firmeza, dar um dote para o casamento da filha Francisca, que considerava excessivo e, por isso, prejudicial ao filho Manuel;
A que exigiu ao namorado casar antes da mãe dele morrer - para que o povo não dissesse que tinha cedido à má vontade da futura sogra - mesmo que continuassem a viver cada um na sua casa e ele com a tal mãe "opositora" da união.

Uma personalidade fortíssima, muito inteligente e generosa. O Avô Manuel falava dela com um imenso carinho e admiração!

Até a minha Mãe, que tão mal se dava com os sogros, adorava a velhinha divertida, de olhos vivos, muito azuis! E nem se importava que ela a criticasse por usar os vestidos muito curtos - à moda dos anos 40!

Maria Manuela Aguiar disse...

E o marido, com quem, é claro, casou ainda em vida da sogra, era um gigante de dois metros de altura, imponente, decidido, grande empresário agrícola, que comprou, sucessivamente, entre grandes quintas e pequenas courelas, 99 prédios!
Um dos lavradores mais ricos de Gaia, que comprava tudo o que era nova tecnologia para a sus lavoura!

Maria Manuela Aguiar disse...

Casal feliz, entendimento perfeito!
O "bom gigante" era homem muito querido por todos - criados, parceiros de negócios ou amigos.
A palavra valia ouro. Não precisava de reduzir nada a escrito - o que prometia, cumpria!

Maria Manuela Aguiar disse...

corria em Avintes o ditado:
mais vale ser cão em casa do João Patrão do que criado na quinta de...
(grande propriedade da terra, de que não me ocorre o nome - fica para depois!):

Maria Manuela Aguiar disse...

O Bisavô João tinha essa alcunha.
Eram os "Patrões".
Meu avô também era conhecido por Manuel Patrão.
Teria siddo por terem estaleiros no Douro? Ouvi essa versão. Estaleiros e barcos.
Um pequeno estaleiro era também o negócio do Trisavô Pinto, que chegou a ser emigrante no Brasil.
Veio próspero, mas não o suficiente para a matriarca Dias Moreira achar a filha um bom partido para o seu único rapaz...

Maria Manuela Aguiar disse...

A bonita casa desse trisavô veio a ser herdada pelo primo Chico (Francisco Marques, o grande cinéfilo, que adorava Charlot e fazia muitos documentários, com a sua máquina de filmar, na altura uma raridade).
Família de arquitectos e entalhadores famosos - todos de apelido Marques (pela parte em que não são minha família - o marido de uma Tia "Pinto").