quarta-feira, 29 de abril de 2009

W82 - O DRAGÃO COM 5 ANOS

Nasceu em Espinho, no quarto da Olívia, a 29 de Abril de 2004
Aconteceu na noite em da inauguração da exposição do Pintor José Tavares, pai do Paulo, que era (e é) veterinário e o assistente de toda a gataria cá de casa. A futura mãe, a Tita, muito novinha - menos de um ano - e pequeníssima, como ainda é mínima. Toda a gente estava preocupada... Quando chegou a hora, recebemos um telefonema e viemos à pressa, trazendo o Paulo connosco. A hora do Dragão!
O Paulo teve, como ajudantes, a Teresinha e a minha mãe como ajudantes.
A gata mãe adolescente portou-se bem, com a sua serenidade caracteristica, soube, logo, alimentar o filho, e, depois, velar pela sua educaçação, Continua a dar-se bem com ele, ao contrário da gata Seta - uma inteligência rara, com um feitio péssimo, detestava todas as suas crias, (3 gatarrões de categoria, a quem , depois que cresceram, bufa furiosamente).
Do Dragão, o mais esperto e dominador , os outros - exceptuando a própria mãe - têm medo e "fogem da frente", apesar de serem mais fortes e corpulentos.
O nome ajusta-se ao perfil do gato! Por bem, vai. Por mal, "vira onça" - ou Dragão.
De aspecto é um gentleman, com fato escuro cerimonial, camisa, luvas e polainitos brancos.... Uns longos bigodes brancos em focinho preto e olhos que dizem o que lhe vai na alma...
Em luta, não perde a elegância e ganha dimensão. O pelo levanta, parece um temível gigante. 
Um gato para todas as estações e para todas as circunstâncias. Adora fugas pelos quintais das redondezas, passeios pelas ruas cheias de perigos, e saltos acrobáticos de telhado em telhado. Dir-se-ia personagem de um filme do Disney. Em casa quer conforto . escolhe os melhores tecidos para se enroscar - sofás de veludo, ou, em alternativa, casacos de boa fazenda, blusas de lã, que surripia, habilidosamente, de camas, ou cadeiras, ou mesmo de bengaleiros ou cabides altos e espalha no chão. Não me perguntem como...
Enfim,  o"pequenino" vai entrar no 6º ano de vida. Não sabemos se ganhará sizo...































































7 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Confirmo a data de nascimento do Dragão, coincidente com a exposição, que foi, de facto, a 29 de Abril.

Maria Manuela Aguiar disse...

O Dragão conta entre as suas habilidades, a de saber abrir todas as portas, cujos fechos lhe permitam dependurar-se no local onde os humanos fazem pressão com os dedos, para obter o mesmo efeito.
O trinco abre, e, logo depois, aparece a extremidade de uma pata branca a empurrar a porta. Só visto!
Atrás, entram os outros todos.
Apenas a Seta (a avó, na pressuposição de que é filho do Jão-Jão...) conseguiu aprender com ele. Agora abre a porta da mesma maneira.

Maria Manuela Aguiar disse...

Outra característica que, entre os da casa, o singulariza, em absoluto: entra sempre de rompante, a alta velocidade, quando lhe abrimos, nós, qualquer porta. Já para não falarmos dos casos em que ele toma a iniciativa.
Não é por ser o mais jovem.
Nenhuum dos outros, quando eram da mesma idade, agia assim...

Maria Manuela Aguiar disse...

Uma vez vi-o a voar, positivamente a voar do telhado do "francês" - casa interior - para a casa seguinte, que dá para a Rua 7, e, daí, para a do meu vizinho mais próximo.
Parecia um filme de desenhos animados...
Quando percebi que era ele ia a entrar em pânico, mas não houve tempo. Ele já tinha aterrado no meu jardim, onde continuou às corridinhas.

Maria Manuela Aguiar disse...

Maria Antónia disse:
O pior foi quando ele desapareceu e eu, por acaso, olhei para os quintais e telhados que daí se avistam e o descobri, lá longe, em cima do telhado mais alto de uma daquelas casa que têm frente para a Rua 5.
Eu, que vejo tão mal, não tive dúvida de que uma pequena coisa preta, a andar por ali, de um lado para o outro, era mesmo ele.
Só de lá saiu com a intervenção dos bombeiros...

Maria Manuela Aguiar disse...

É exactíssimo!
Incrível, a forma como a mãe, com a sua enorme miopia,o despistou.
Eu tive de ir buscar os binóculos de teatro, para ter a certeza. Era a hora do nosso almoço, aos sábados sempre tardio. O que eu tentei, para o convencer a descer! Cheguei a levar uma escada, depois de autorizada pelo proprietário. Dava para dialogar com o gato, e para lhe mostrar latas abertas decomidinha bem cheirosa, mas não para saltar para o telhado - o que teria feito, se a escada fosse maior, ou o telhado mais baixo. Ali só com uma escada de bombeiros. Fui à corporação mais próxima - os Espinhenses -mas, como é obvio, com a escada vieram os bombeiros de serviço, dois homens e uma mulher. Não consegui convencê-los a deixar-me usar a escada. Comigo, o Dragão viria voluntariamente. Com eles, seria uma tourada nas alturas, com riscos para todos. Não foi, porque o gatinho, tão assustado ficou, que resolveu arriscar a pele, num grande salto para o patamar seguinte, que era bem mais baixo, e, depois, já sem dificuldade, para o chão, desaparecendo nas traseiras, para reaparecer, rapidamente, em casa. Antes de mim, que fiquei a agradecer aos salvadores...

Teresa Aguiar disse...

Vou contar uma história que se passou há alguns anos, quando o dragão ainda era muito pequeno. Aconteceu num Verão que eu estava a passar cá em Espinho. Estava em casa da tia gijinha, tinha acabado de chegar da praia e vinha com as sandálias desapertadas. O dragão andava por casa e eu estava a brincar e a fivela da sandália dava saltinhos, o que chamou a atenção do gato. Sorrateiramente, ele pos-se atrás de mim para tentar agarrar a fivela e sem querer arranhou-me o pé, e eu assustei-me, e fugi, mas quanto mais corria mais o gato corria atrás da fivela. E até hoje nunca mais perdi o medo do gato Dragão!!!