segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

W147 - LAURA NO PLAT PAYS DE BREL












































































Aqui vão mais umas fotos da primeira vez que fomos a uma estância de ski aqui perto. A Laura nessa primeira vez, só andou de trenó. Foi muito divertido e ela adorou!
Também umas fotos das suas duas amigas Sarah (a menina loira) e Justine (a morena), que são as filhas do Stéphaninho, como a Laura lhe chama.

ANOS DA XANA

A esta hora, uma mais do que em Espinho, três gerações de Aguiares da Fonseca, festejam os anos da Xana na CH de ST. Hubert, 35 - Morhet.
Demos os parabéns à Xana pelo telefone, soubemos que neva, nava, sem cessar. Na Pátria litoral é apenas um dia muito frio.

Foi há tantos anos quantos ela tem que se passou a história já contada no blogue e nunca esquecida da longa espera que o Nestó e eu suportámos, para ver, através dos vitrais gigantes da vertente sul da Vila Maria, a chegada da cegonha... Não vimos, é claro. E eu, ao entrar intempestivamente no quarto da Avó quase vi o nascimento, sem intervenção de cegonha alguma.
Depois voltei a entrar e deparei com a recém nascida dependurada de cabeça para baixo e a receber umas palmadas do Tio Manuel, o "médico Parteiro". Não percebendo que era boa a sua intenção, destinada a restabelecer a circulação sanguínia do bébé, corri em socorro do mais fraco, e bati no Tio!

DEZEMBRO 2010


sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


As Aguiares que emigram no século XXI



Mãe, filha e neta. Xana e descendência.
Um começo muito atribulado. Estiveram no aeroporto desde a manhã de 6ª feira à madrugada de sábado.
Avião atrasado, depois avariado. Entram no aparelho, saem, recolhem as malas...
Vão-lhes prometendo a chegada de outro aparelho, que não chega. Oferecem umas refeições intragáveis. Só as alojam no Ibis à 1.30 de sábado. Recusam-se a seguir no voo da companhia belga em que estavam escaladas e exigem a TAP (depois do comportamento, ao longo do dia anterior, da companhia belga). É na TAP que acabam por partir na tarde de 19.
Não há fotos a documentar esta odisseia. A iconografia abrange os dias anteriores, quando a partida já estava próxima. Em Lisboa.




11 comentários:

Docas disse...
A Laura já rem alguns amigos na aldeia belga. São vizinhos, porque ainda não começou a ir para a escola.
A língua não é obstáculo, e até vai aprendendo umas palavras em francês. Sugeriu à mãe e avó que falem francès em casa!
Gosta imenso da neve - e há muita no jardim. Adora a casa e as escadas para o seu quarto, no 1º andar. Ao contrário de nós, da mesma idade, nunca tinha vivido numa verdadeira casa, só em apartamentos...
Docas disse...
No dia de Natal recebeu muitos presentes e foi para a cama com um grande sorriso.
E disse: Quero pedir mais uma coisa ao Pai Natal, um puzzle da Dora, mas agora tenho de ir ter com ele ao polo norte, que é muito, muito longe. Fica quase perto da lua!
Para a Laura a lua é a coisa mais distante que há!
Docas disse...
Ao princípio, depois de saber que ía para o estrangeiro, dizia que não queria que ninguém fosse viver para o seu andar de Oeiras, e que não queria conhecer meninos que não falassem português. Agora nada disso a preocupa!
Docas disse...
O tetra-avô da Laura era um escritor e jornalista famoso, que se chamava Eduardo de Noronha, cujo nome consta das enciclopédias.
No 150º aniversário do seu nascimento,a família Noronha reuniu-se num almoço na FIL, para o homenagear.
A Laura foi com a Ana, Mas, mal entrou na sala e viu tantos Noronhas desconhecidos, desatou num berreiro que durou uma meia hora. Uma vergonha! O Avô Carlos ficou tritíssimo. Esperava apresentar à família uma neta maravilhosa e civilizada.
Docas disse...
É uma menina de contrastes. Passados uns dias, foi comigo, com a Mãe e a Avó a um Colóquio no Picoas Plaza, para apresentação de um livro sobre mulheres migrantes.
A sala estava cheia de mulheres e homens desconhecidos, e que nem sequer eram da família, com excepção da Manela.
Por qualquer razão insondável, gostou imenso. O anfiteatro tinha pouca luz, as pessoas discursava, no fim havia palmas e ela acompanhava. deve ter achado que era um espectáculo.
Quando acabou, para meu espanto, vi-a no meio da multidão, aos pulos, muito contente.
Sem vergonha nenhuma, sem receio, completamente integrada no ambiente académico. Se calhar foi porque ninguém tentou dar-lhe beijinhos ou agarrá-la!
Durante a sessão, até queria ir ter com a Manela, que estava na mesa da presidência. E perguntava:
"Mamã, depois da Manela falamos nós?"
Maria Manuela Aguiar disse...
Também eu estava admiradíssima!
Encontrei a Laura, com mãe e avó e tia Docas, logo à entrada do auditório. Vinha eu a subir as escadas com o João Morais, depois do nosso almoço, com dirigentes da APE (associação dos portugueses do estrangeiro). Realmente, todos lhe acharam graça, mas ninguém se aproximou demais, nem Virgínia Estorninho, nem Rita Gomes, nem todo o mulherio presente. Ninguém! Uma sorte!
Para ela tudo devia parecer novo e diferente, e natural, precisamente porque a encaravam com muita naturalidade. E como se fosse adulta. Respondeu, portando-se como gente grande.
Esteve lá, no último patamar do auditório, que tinha uma saída próxima, sem necessidade de atravessar a sala, à vista do público. Com uma ou outra escapadela, para arejar um pouco, "aguentou firme" durante quase 3 horas!
Disse à Ana: "A Manela falou muito bem" e encantou-se com o poema recitado e cantado pela Drª Elsa de Noronha! A espantosa Elsa Noronha.
Sei lá se não serão ainda aparentadas! O famoso Avô Noronha, andou anos por Moçambique, de onde a Elsa é natural.
Maria Manuela Aguiar disse...
Nenhuma das primas quis tomar a palavra, excepto a menina, a quem não fizeram a vontade, mas eu, por acaso, acabei por referir a sua presença, na qualidade de assistente mais nova, presente naquele auditório, de "cidadã trinacional" e de emigrante na véspera da partida.
Maria Manuela Aguiar disse...
No fim, tive de partir à pressa, porque vim de boleia com o Sr Governador Civil de Aveiro, José Mota, e ele tinha hora para estar em Espinho. Nem me despedi do Secretário de Estado, que encerrou a sessão.
Só tive tempo de ir de corrida à casa de banho, como sempre faço, antes de uma longa viagem de carro. A Laura foi comigo. Lá dentro, já a lavar as mãos, estava a Profª Doutora Joana Miranda - a mais brilhante aluna que tive no mestrado da Univ Aberta e uma simpática jovem.
Perguntei à Laura se queria esperar por mim, na companhia da Joana, e ela aceitou a sugestão. Quando as reencontrei, a Joana estava a dar-lhe uma lição de francês. "Bon jour" - "Bom dia".
E a Laura continuava radiante e sociável! Até contou até 20 em francês, para mostrar à Joana que já sabia umas coisas.
Um dia em que tudo se passou pelo melhor.
Mas para estar com as primas, antes da partida para a Bélgica, voltei a Lisboa dois dias depois. Estava, pois, na Av. do Uruguai na noite do tremor de terra (inofensivo, ainda que um bocadinho assustador).
Docas disse...
A Laura não gostou da escola belga, à primeira vista. Parece que até tentou bater na educadora. Mas ela, serenamente, segurou-lhe os pulsos e acalmou-a. A tal ponto que, quando a mãe a foi buscar ao fim da tarde já nem queria ir para casa. E vai dizendo umas palavras em francês. Está entusiasmada com a aprendizagem de uma nova língua.Vê constantemente tv belga - desenhos animados, naturalmente.
Docas disse...
Quando a mãe e a avó a repreendem, de comum acordo, ela chora e diz: Quero a Tia AYÉ! AYÉ é a Zé, que lhe faz todas as vontades...
Docas disse...
A Laura adora a neve, como já disse. E até na patinagem sobre o gelo teve uma adaptação imediata. Puseram~lhe os patins nos pés e ela deslizou como se, na sua curta vida, nunca tivesse andado de outra maneira!
Foi com a mãe, que é já uma patinadora experimentada, embora tenha, uma vez, partido uma perna num rinque, em França...
Quando chegou a casa contou as aventuras, ao telefone, à Biavó Lola, mas acrescentou:
"Sabes, os patins não eram meus, foram alugados"













2 comentários:

Docas disse...

Maria Manuela Aguiar disse...
Uma coisa é saber notícias pelo telefone, saber como a Laura se está adaptando ao seu novo país cheio de neve, aos seus novos amigos que falam uma língua estranha, outra é ver na imagem, com os nossos próprios olhos, como isso vai acontecendo. Belas e elucidativas fotos!
Também nós, por cá, temos muitas saudades, mas é bom ver imagens de "gente feliz", lá longe.

Anónimo disse...

Maria Manuela Aguiar disse...
Estar em Oeiras, numa esplêndida abertura da exposição da Docas, bem perto de onde moravam a Xana, a Ana e a Laura e não as ver, foi pena!
Pena que não estivessem lá connosco, por uma diferença temporal de dois escassos meses.
Um desacerto cronológico. Mas tudo o resto esteve certo, certíssimo!