quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TIA LINA e a VILA MARIA

Não a esquecemos, muito em especial hoje. Faria anos!
Com tantos netos e bisnetos e sobrinhos em vários graus, poderíamos fazer uma enorme festa - na casa que já não existe, mas existiria sempre em vida dela.
Curiosa a paixão que a Avó Maria e, pelo menos, alguns dos filhos tinham pela Villa Maria - A Tia Lina, a Mãe, o Tio António, acima de todos. Mas os outros também eram apegados àquele lugar matricial. E, igualmente, muitos netos. Por exemplo, eu própria...
Recordo a Tia Lina, vejo-a na casa, lá em cima. Bem disposta, como estava quando recebia visitas. Hospitaleira, alegre e sorridente.
Prefiro essa à velhinha vestida de preto, isolada e triste no enorme casarão, já decadente.
Mas se tanto gostamos da Vila Maria é, certamente, porque nela fomos felizes! Durante anos e anos, lá dentro, era o reino das nossas festas, convívios, brincadeiras, da nossa amizade, da família! Da nossa ligação ao passado, das esperanças e fantasias de futuro.
A Tia Lina terá sido, de todos nós, a mais sonhadora, a mais possesiva daquela "ilha", de onde interpunhamos a distância que queríamos em relação a tudo o resto, terra ou pessoas...

2 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

EM ESPINHO, CELEBRAMOS O DIA INTERNACIONAL DA POESIA COM UM RECITAL NA BIBLIOTECA.
QUANDO DISSERAM FLORBELA, LEMBREI-ME DA TIA LINA. ERA UMA ESPÉCIE DE DISCÍPULA!

Isabel Aguiar disse...

Já conheci a minha avó na fase menos boa da sua vida...era de facto uma Mulher incompreendida... ainda hoje guardo religiosamente o seu livro, "charneca em flor" da Florbela Espanca