Ñão no campeonato, mas ao (eventual) futuro campeão. Ou, como diz Pinto da Costa, ao "campeão dos túneis".
3-1 ao SLB.
Não fui ao jogo, pela pura e simples razão de não querer assistir a (eventuais) festejos de vitória do inimigo, na nossa própria casa. Seria mau demais, mas, felizmente, isso não aconteceu. O Tózinho lá esteve e levou consigo uma amiga, para que o meu lugar não ficasse vazio.
Como é óbvio, também não vi o jogo pela tv (o que me enerva mais do que ver ao vivo...), nem ouvi relatos. Andei a fazer coisas várias, para me distrair, enquanto o tempo passava... A certa altura, resolvi ir regar flores nos nossos mini-jardins e, justamente durante esses minutos, fui surpreendida pelo clamor da audiência do café vizinho. Apurei o ouvido: cantavam "somos campeões". Deduzi que fora golo do Benfica...
Mas, pouco depois, novo clamor, igual e sem cântico... Tive de averiguar o estado do jogo. 2-1 para nós!... Era pouco, para me aventurar a assistir. Porém, quando na Sic-Notícias, anunciam o feito do Beluschi (o 3-1), saí porta fora, a caminho do tal café e gozei os últimos minutos no meio de uma multidão de portistas, que lançavam para o ar saborosos palavrões!
8 comentários:
Foi uma noite televisiva muito interessante: na expectativa de que o SLB ganhasse o campeonato nesta jornada todas as tv noticiosas por cabo reservaram a noite para celebrar a vitória, com luxuosos paineis de especialistas, preparados para tecer as loas da praxe!
Tiveram que gastar o tempo todo a falar, afinal, da superioridade portista, com uns intervalos dilatórios para zurzir o árbitro e, no caso dos benfiquistas mais fanáticos, como Rui Santos, para sobrevalorizar o insignificante incidente das bolas de ténis atiradas ao autocarro do benfica.
Até parece que em Lisboa nunca se passou nada de semelhante...
Mas passou. Coisas semelhantes e coisas incomensuravelmente mais graves. Coisas com mortes de adeptos, craneos de atletas perfurados, carros de dirigentes apedrejados em autoestradas (em risco de morte!!!)...
O confronto Norte- Sul está, de novo, em cena...Aguardam-se os próximos capítulos.
O Braga, que garantiu o 2º lugar e ainda está em luta pelo 1º, também serviu para desviar atenções do fracasso benfiquista...
Mas tudo o que se diga do Braga de Domingos Paciência ainda é pouco.
Com os jogadores que o FCP de Jesualdo não quis e lhe deu ou emprestou (no auge da fúria portista anti-vimaranense...), com a perseguição da Liga, daquele anãozinho mental da comissão de disciplina - a bárbara suspensão de Vandinho por meio campeonato - e muitas lesões a acrescer, é obra!...
Mas ganhar não ganha, nem que seja preciso expulsar, na Luz, metade da equipa do Rio Ave, para deixar o título seguro nas mãos do SLB.
Pena que o Domingos não venha para o FCP, mas não vem!
É demasiado simpático e civilizado.
O perfil do agrado de Pinto da Costa é outro: cara de mau e chicote na mão, como os antigos capatazes egipcios, parecem ser traços imprescindíveis. É o que têm de comum o chamado "Octávio malvado", Del Neri (o tal que, segundo consta, não queria pretos na equipa), Co Adrianse (que um amigo meu, sportinguista muito conhecido, em tom jocoso, em excesso de linguagem, mas expressivamente, sem intenção de ofender politicamente, apelidava de "nazi holandês") e Jesualdo.
O único desalinhado desta série negra, foi aquele impecável espanhol, com ar de democrata de boas famílias, o Fernandez, que, naturalmente, após o primeiro desaire acabou despedido. E o FCP, graças a ele campeão do mundo, lá perdeu o campeonato nacional, com um substituto muito transitório.
Mourinho foi, nesta perspectiva um erro de "casting". Porque tem autoridade, sem ser autoritário, e é um génio, onde os outros são uns "morcões" - um termo bem portuense.
O que eu e tantos portistas, como eu, sofremos com isto...
Agora anuncia-se Paulo Bento, na sucessão de Jesualdo! Nem quero acreditar, mas o pior é que acredito... Gosh!!!
Com aquela risca ao meio, aquele tom monocórdico, e a apetência pelo 2º lugar...
Gosh!!!
Claro que eu também não gostava do Mourinho, inicialmente. Achava-o um pretencioso, um fantasista, um tonto. E bonito demais - uma "espécie de loura burra" do futebol, como diria a Clara Ferreira Alves, embora nem sequer seja louro...
Nessa fase, eu achava que ele faria melhor em representar o papel de treinador numa telenovela.
Pretender que, com dois ou três desconhecidos do Setúbal e do Leiria, ganhava o campeonato no ano seguinte, parecia-me pura bravata, embora muito ao "estilo Dragão".
Quando, com reforços desse género, ganhou não só o campeonato caseiro, mas a Taça UEFA, eu converti-me. De vez e para sempre. Desde que não seja contra o FCP, eu sou sempre por "MOU".
Ele tornou-se o meu 2º clube, uma coisa que nunca tive antes. Sou só, só, só FCP!
Nem Gondomar, nem Espinho, nem Gaia, menos ainda Académica de Coimbra...
Simplesmente PORTO!
Não quer isto dizer que não fique contente se, não estando o meu clube em causa, um qualquer clube ou cidadão destas minhas terras fizer um brilharete!
Óbvio!
Bem... torcer, torço pelos clubes estrangeiros para onde vão as grandes vedetas do FCP, que eu adoro: Deco, o bem-amado Deco, Pepe, Ricardo Carvalho, Sérgio Conceição, Derlei, Maniche, Carlos Alberto, Diego - o sublime Diego - Mc Carthy, Hilário, esse inesperado sobrevivente, Lucho, Lisandro, até Cissokho, que esteve pouco tempo entre nós, mas parece sentir-se para sempre dragão... O infeliz Quaresma, tão talentoso, e outros!...
Maria Manuela Aguiar disse...
O JESUS, a maravilha fatal, que fez do SLB o campeão dos túneis, é outro dos grandes favoritos do coração do meu presidente (JNPC), que eu muito admiro, apesar destas discordâncias no capítulo de perfis de treinadores.
Na verdade, segundo fontes bem informadas, o Jesus só não veio de Braga para o Porto, com a seu ar lúgubre, porque já cá estava o mais lúgubre ainda Jesualdo... E isto de treinadores, não é como os velhotes dos marretas, que se vêm aos pares, lado a lado...
O Jesus, porém, ganha ao Jesualdo, se não no futebol, pelo menos, nos plebeismos de expressão...
Ninguém imagina o Jesualdo a dizer: "Evérton", assim mesmo, com acento no È!
OU: "CÓRENTA" (quarenta para nós...)
Falava, no fim do jogo de domingo, de qualquer coisa que se tinha passado nos primeiros "córenta e cinco minutos".
Como estava já a perder, não devia ser coisa boa...
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