quinta-feira, 14 de agosto de 2008

P9 - Há 43 ANOS.ACONTECEU.. O CASAMENTO DA MANELA




uinta-feira, 14 de agosto de 2008

P9 - O CASAMENTO DA MANELA

Há 43 anos aconteceu... O CASAMENTO DA MANELA

Neste 14 de Agosto de 2008 a Manela faria 43 anos de casamento, a sete das bodas de Ouro!


Assim faz 28 felizes anos de divorciada!
Parabéns da Docas e da Nónó...

Vamos recordar...





Nóno disse: eu sou a pequenina loirinha que tive a honra de ser a "menina das alianças".

Docas disse: fui eu a convidada para madrinha de casamento da noiva. Nessa altura estava em Angola e por isso fui substituída pela minha irmã Xana. O padrinho foi o meu irmão Nestó. Ei-los ao lado esquerdo da nubente prontos a assinar o livro da "praxe"!

Docas e Nónó comentam: estes senhores padres eram amigos da nossa família. Não percebemos como um casamento tão abençoado durou tão pouco... (5 anos?).
Notamos a ausência do padre celebrante, amigo do noivo, a quem a noiva contrariou, recusando a leitura da epístola de São Paulo - aquela que manda a mulher obedecer ao marido (à época era ainda "obrigatória",  na missa nupcial, a leitura desse compromisso). A Manela não ia nunca obedecer ao Manel, nem exigir-lhe obediência! Dizia coerentemente que não queria falsas promessas em acto tão solene...

13 comentários:

Lola disse...
Manela, a renda de Bruges do teu vestido, foi escolhida por mim e pela tua mãe. Soube mais tarde que ficaste zangada, por não teres sido consultada. Mas, confessa lá: não terias feito melhor escolha!... Parecias uma pincesa de conto de fadas!
Beijinhos da tia Lola
Docas disse...
 Não só o vestido, mas também o penteado valorizavam a noiva. Eu estava em Luanda, mas chegou-me o eco da história: o artista foi o cabeleireiro Jorge Lima. A noiva, ainda vestida informalmente, mas já maquilhada e com os caracóis entremeados de flor de laranjeira, que lhe acrescentavam uns 10cm de altura, teve de andar nas ruas do Porto, à procura de táxi, naquela insólita figura...
E, depois, soube-se também que o sumptuoso penteado estava seguro por 87 ganchos invísiveis! Os noivos fizeram a contagem na noite de núpcias! Imagino como foi morosa a tarefa de desfazer a obra de arte do Jorge Lima.
Beijinhos da Docas
Maria Teresa Aguiar disse...
Eu e a Lé fomos as "meninas das alianças", mas quem levava a caixinha de prata das alianças era eu porque era a mais bem comportada. Lembro-me de entrarmos na Igreja, abrindo com a noiva, muito bem vestidas, e de "luvas de renda"! Fomos priviligiadas, pois estávamos em cima do acontacimento, junto aos noivos, olhando-os embevecidas e honradas. Acrescente-se que esta posição era para nós estratégica, estavámos fora do alcance de qualquer reprimenda ou chamada de atenção. Assim, a Lé,  não tendo nada para fazer, foi "roendo" as belas luvas de renda, acabando com os dez dedos todos de fora libertos das rendas - que para ela eram um desconforto e para mim um acessório invulgar mas que me fazia sentir importante. Fomos um espectáculo dentro do espectaáculo: uma pela sua postura e a outra pela traquinice.
Maria Antónia disse...
Sim, é verdade que eu e a Lolita comprámos, em Lisboa, no Chiado, a renda de Bruges, branca para a Manela e preta para mim. A modista foi a Esmeralda (alta costura). Era prima da Amélia Soares de Albergaria e abriu o atelier depois da morte do marido. Ele tinha emigrado para o Brasil e era dono de um café, foi assassinado durante um assalto. A Esmeralda nem chegou a ir ter com ele ao Rio de Janeiro. Parece-me que a Lolita e a Xana também lá fizeram as suas "toiletes". Mais tarde, comecei a ir à Celeste, também "alta costura portuense" no Lima 5.
Beijinhos da mãe da noiva
Maria Antónia disse...
O casamento da minha filha com o Manel - de quem eu gostava muito, e ainda gosto - foi a última boda que se realizou na Villa Maria. A primeira foi a da Lininha com o Serafim, depois a minha com o João e a da Lolita com o Eduardo. Festas houve muitas, baptizados, aniversários, Páscoa, Natal (eramos quarenta ou cinquenta à volta da mesa, quando já havia netos e bisnetos). Por fim, só funerais - os últimos os da Tia Rosaura, a minha mãe, o Serafim e a Lininha, em 1989. Para mim, estão todos vivos e a casa também. Milagres da memória...
E aquela boda, foi bem divertida, a minha mãe estava feliz. Gostava de ser anfitriã de grandes convivios. A casa foi feita para isso. E não há dúvida de que a minha mãe também era feita para um casarão daqueles, que serviu quatro gerações e mais serviria se Portugal soubesse preservar o seu património, e classificasse as casas marcantes em cada época - e em cada terra... Pensando bem, a Manela foi a única "Aguiar" a nascer e a casar na Villa Maria!
Maria Manuela Aguiar disse...
A Tia Lola tem toda a razão: a minha competência para escolher o vestido era muito limitada. Na verdade, nem sequer tinha uma ideia feita do que queria. Só sabia o que não queria: um véu a tapar-me a cara. Nada de burkas! Para uma feminista assumida, já não foi mau ter aceite arrastar um véu, com vários metros de comprimento, que saía do cabelo, atrás e abaixo dos caracóis, tão bem elaborados pelo Jorge Lima. Mesmo assim, aquele acessório complicou-me a vida - as criancinhas, não sei quais nem quantas, puxavam-me o véu, fazendo-me inclinar, perigosamente, e procurar o reequilibrio com o movimento de cabeça para a frente. De qualquer modo, estava feliz, sentia-me bem, surpreendentemente bem, de vestido comprido, alta cabeleira, altos tacões, maqiagem - tudo o que nunca fez parte do meu quotidiano. Era como se estivesse a representar o papel principal numa peça de teatro. Por uma fracção de segundo, quando cheguei junto do Manel, e o vi tão sorridente, não sabia o que estava ele ali a fazer!... Mas, de imediato cai na realidade: ia casar, na realidade, e ele era o noivo...!
Beijinhos Manela
Agradecendo a vossa ideia, aqui fica esta confidência.
Maria Antónia disse...
 Não acreditem nessa história de que a Manela não queria que o Manel lhe obedecesse. Ela adora mandar!...
Beijinhos da mãe e sogra.
Rosa Maria disse...
Imagina, tu fazes 28 anos de divorciada e eu 28 anos de casada agora é que eu vejo como és esperta e eu burra, que diferença de QI......

Beijinhos

R.M.
Teté disse...
Ups!! nem sequer sabia que a Manela era casada....mas contem lá mais, pois estou a gostar das histórias.
beijinhos da Tété
matilde disse...
Eu não sei mas, acho que de facto eras uma noiva muito bonita! Tal é a minha opinião formada, que no meu 1º casamento, o meu penteado foi uma tentativa, tb falhada confesso(lol), do teu pentado! Se calhar, devia ter ido ao Jorge Lima, q de resto me penteou inúmeras vezes, aquando da minha ainda profissão, nobre profissão, inteiramente dedicada aos palcos!!! Mas, o que havia mais perto, aliado à minha ainda falta de conhecimento dos bons estilistas do cabelo que a Invicta tem, era em Gondomar, em frente à casa dos "Xaninhos", de onde saí toda aperaltada e dizem, tb mto bonita... A cabeleireira, da qual n me recordo do nome, foi extremamente profissional, fazendo tb uma obra de Arte com o meu cabelo. Qto ao véu, o meu era bem mais curto.
Parabéns Manela, pelos teu 28 anos de divorciada!
N tive o prazer de conhecer o Manel, de quem ouço falar amiúde e mto bem. Creio, no entanto, que nenhum Manel na Terra te faria estar ainda hoje agarrada nas teias do matrimónio...
Um beijinho muito grande, da prima Ana.
Lé disse...
Lé e Joana dizem: Também queremos comentar este célebre casamento!!

Lé diz: Com apenas 3 anos não me lembro de nada, mas lembro-me sim do Manel, de quem gostava muito...eu cantava, recitava, dançava, representava e recebia dele sempre grandes elogios...eu era o centro das atenções ;)!

Joana diz: Sempre que me falavam deste casamento e via as fantásticas fotos à filme, imaginava algo cheio de amor e felicidade que tinha acabado de forma trágica e dolorosa com um sofrimento insunstentável...mas a Manela não me deixava romantizar durante muito tempo " Oh menina, o meu divorcio foi muito pacífico, civilizado. Nada de dramas". A partir desta rectificação, seguiam-se relatos das histórias vividas no seio matrimonial, por vezes corrigidas oportunamente pela Tia Giginha, que acabavam sempre em grandes gargalhadas!
Enfim...Momentos ÚNICOS, para recordar!!!

Beijinhos*
Isabel disse...
Em 1965 eu não era nascida, mas desde pequenina que admirava as fotos do casamento da Manela e dizia: quando for grande quero ser uma princesa assim...e ter um príncipe como o Manel...e sonhei sonhei, sonhei....até começar a ouvir a Manela a contar os pormenores do casamento e então...foi só rir, a chatice que era o véu, as criancinhas... que irritação... a recusa da leitura da Epístola de S. Paulo... o vestido que "virou" preto...ah ah ah!
No entanto, a verdade é que foram estas fotos que me proporcionaram momentos de fantasia e felicidade durante a minha infância.
Isabel Aguiar
António Aguiar disse...
A Manela já se casou há tanto tempo! Deve ter sido um casamento muito bonito e devo dizer que a noiva estava muito elegante! É um clássico: a elegância das mulheres da família!

























13 comentários:

Anónimo disse...

Lola comenta: Manela, a renda de Bruges do teu vestido, foi escolhida por mim e pela tua mãe.
Soube mais tarde que ficaste zangada, por não teres sido consultada. Mas, confessa lá: não terias feito melhor escolha!... Parecias uma pincesa de conto de fadas!
Beijinhos da tia Lola

Anónimo disse...

Docas comenta: Não só o vestido, mas também o penteado valorizavam a noiva. Eu estava em Luanda, mas chegou-me o eco da história: o artista foi o cabeleireiro Jorge Lima. A noiva, ainda vestida informalmente, mas já maquilhada e com os caracóis entremeados de flor de laranjeira, que lhe acrescentavam uns 10cm de altura, teve de andar nas ruas do Porto, à procura de táxi, naquela insólita figura...
E, depois, soube-se também que o sumptuoso penteado estava seguro por 87 ganchos invísiveis! Os noivos fizeram a contagem na noite de núpcias! Imagino como foi morosa a tarefa de desfazer a obra de arte do Jorge Lima.
Beijinhos da Docas

Maria Teresa Aguiar disse...

Nónó disse: Eu e a Lé fomos as "meninas das alianças", mas quel levava a caixinha de prata das alianças era eu porque era a mais bem comportada. Lembro-me de entrarmos na Igreja, abrindo o cortejo da noiva, muito bem vestidas, e de "luvas de renda"! Fomos as priviligiadas, pois estavamos em cima do acontacimento, junto aos noivos, olhando-os embevecidas e honradas. Acrescente-se que esta posição era para nós estratégica, estavamos fora do alcance de qualquer reprimenda ou chamada de atenção. Assim, a Lé, nestas condições, e não tendo nada para fazer, foi "roendo" as belas luvas de renda, acabando com os dez dedos todos de fora libertos das rendas - que para ela eram um desconforto e para mim um acessório invulgar mas que me fazia sentir importante. Fomos um espectaculo dentro do espectaculo: uma pela sua postura principesca e a outra pela traquinice.

Anónimo disse...

Maria Antónia disse: Sim, é verdade que eu e a Lolita compramos, em Lisboa, no Chiado, a "renda de bruges", branca para a Manela e preta para mim. A modista foi a Esmeralda (alta costura). Era prima da Amélia Soares de Albergaria e abriu o atelier depois da morte do marido. Ele tinha emigrado para o Brasil. Era dono de um café e foi assassinado durante um assalto. A Esmeralda nem chegou a ir ter com ele ao Rio de Janeiro. Parece-me que a Lolita e a Xana também lá fizeram as suas "toiletes". Mais tarde comecei a ir à Celeste, também "alta costura portuense" no Lima5.
Beijinhos da mãe da noiva

Anónimo disse...

Maria Antónia disse: o casamento da minha filha com o Manel - de quem eu gostava muito, e ainda gosto - foi a última boda que se realizou na Villa Maria. A primeira foi a da Lininha com o Serafim, depois a minha com o João e a da Lolita com o Eduardo. Festas houve muitas, baptizados, aniversários, Páscoa, Natal (eramos quarenta ou cinquenta à volta da mesa, quando já havia netos e bisnetos). Por fim, só funerais - os últimos os da Tia Rosaura, a minha mãe, o Serafim e a Lininha em 1989. Para mim estão todos vivos e a casa também. Milagres da memória...
E aquela boda, foi bem divertida, a minha mãe estava feliz. Gostava de ser anfitriã de grandes convivios. A casa foi feita para isso. E não há dúvida de que a minha mãe também era feita para um casarão daqueles, que serviu quatro gerações e mais serviria se Portugal soubesse preservar o seu património, e classificasse as casas marcantes em cada época - e em cada terra... Pensando bem, a Manela foi a única "Aguiar" a nascer e a casar na Villa Maria!

Anónimo disse...

Manela disse: a Tia Lola tem toda a razão: a minha competência para escolher o vestido era muito limitada. Na verdade nem sequer tinha uma ideia feita do que queria. Só sabia o que não queria: um véu a tapar-me a cara. Nada de burkas! Para uma feminista assumida, já não foi mau ter aceite arrastar um véu, com vários metros de comprimento, que saía do cabelo, atrás e abaixo dos caracóis, tão bem elaborados pelo Jorge Lima. Mesmo assim, aquela "transparência" complicou-me a vida - as criancinhas, não sei quais nem quantas, puxavam-me o véu, fazendo-me inclinar, perigosamente e procurar o reequilibrio com o movimento de cabeça para a frente. De qualquer modo estava feliz, sentia-me bem, surpreendentemente bem, de vestido comprido, cabeleira alta, altos tacões, maqiagem - tudo o que nunca fez parte do meu quotidiano. Era como se estivesse a representar o papel principal numa peça de teatro. Por uma fracção de segundo, quando cheguei junto do Manel, e o vi tão sorridente, não sabia o que estava ele ali a fazer! Mas, de imediato cai na realidade: ia casar e ele era o noivo...! Agradecendo a vossa ideia, aqui fica esta confidência.
Beijinhos Manela

Anónimo disse...

Maria Antónia disse: Não acreditem nessa história de que a Manela não queria que o Manel lhe obedecesse, ela adora mandar!...
Beijinhos da mãe e sogra.

Anónimo disse...

Imagina, tu fazes 28 anos de divorciada e eu 28 anos de casada agora é que eu vejo como és esperta e eu burra, que diferença de QI......

Beijinhos

R.M.

Anónimo disse...

Ups!! nem sequer sabia que a Manela era casada....mas contem lá mais pois estou a gostar das histórias.
beijinhos da Tété

matilde disse...

Eu não sei mas, acho que de facto eras uma noiva muito bonita! Tal é a minha opinião formada, que no meu 1º casamento, o meu penteado foi uma tentativa, tb falhada confesso(lol), do teu pentado! Se calhar, devia ter ido ao Jorge Lima, q de resto me penteou inúmeras vezes, aquando da minha ainda profissão, nobre profissão, inteiramente dedicada aos palcos!!! Mas, o que havia mais perto, aliado à minha ainda falta de conhecimento dos bons estilistas do cabelo que a Invicta tem, era em Gondomar, em frente à casa dos "Xaninhos", de onde saí toda aperaltada e dizem, tb mto bonita... A cabeleireira, da qual n me recordo do nome, foi extremamente profissional, fazendo tb uma obra de Arte com o meu cabelo. Qto ao véu, o meu era bem mais curto.
Parabéns Manela, pelos teu 28 anos de divorciada!
N tive o prazer de conhecer o Manel, de quem ouço falar amiúde e mto bem. Creio no entanto, que nenhum manel na Terra, te faria estar ainda hoje agarrada nas teias do matrimónio...
Um beijinho muito grande, da prima Ana.

Anónimo disse...

Lé e Joana dizem: Também queremos comentar este célebre casamento!!

Lé diz: Com apenas 3 anos não me lembro de nada, mas lembro-me sim do Manel que eu gostava muito...eu cantava, recitava, dançava, respresentava e recebia sempre dele grandes elogios...eu era o centro das atenções ;)!

Joana diz: Sempre que me falavam deste casamento e via as fantásticas fotos à filme, imaginava algo cheio de amor e felicidade que tinha acabado de forma trágica e dolorosa com um sofrimento insunstentável...mas a Manela não me deixava romantizar durante muito tempo " Oh menina, o meu divorcio foi muito pacífico, civilizado. Nada de dramas" apartir desta rectificação seguiam-se relatos das histórias vividas no seio matrimonial por vezes corrigidas oportunamente pela Tia Giginha, que acabavam sempre em grandes gargalhadas!
Enfim...Momentos ÚNICOS, para recordar!!!

Beijinhos*

Anónimo disse...

Em 1965 eu não era nascida mas desde pequenina que admirava as fotos do casamento da Manela e dizia: quando for grande quero ser uma princesa assim...e ter um príncipe como o Manel...e sonhei sonhei, sonhei....até começar a ouvir a Manela a contar os pormenores do casamento e então...foi só rir, a chatice que era o véu, as criancinhas...que irritação...a recusa da leitura da Epístola de S. Paulo...o vestido que "virou" preto...ah ah ah!
No entanto, a verdade é que foram estas fotos que me proporcionaram momentos de fantasia e felicidade durante a minha infância.
Isabel Aguiar

António Aguiar disse...

A Manela já se casou há tanto tempo! Deve ter sido um casamento muito bonito e devo dizer que a noiva estava muito elegante! É um clássico: a elegância das mulheres da família!