domingo, 31 de agosto de 2008

P9 - MARIA DO SAMEIRO RAMOS PEREIRA CAETANO PEREIRA

SEMPRE LEMBRADA , E MAIS AINDA NESTE DIA

A Maria do Sameiro, a Maria Antónia Aguiar (tia) e a Maria do Carmo Razzini (a amiga algarvia) eram as três nascidas a 28 de Agosto. Não no mesmo ano, evidentemente - o que seria excessiva coincidência.
Acho que se admiravam mutuamente, apesar de tão diferentes, em feitio e modo de viver.
Para mim, desde o seu casamento com o Mário, a Meira tornou-se mais do que prima: quase irmã, como o próprio Mário.
Irmã um pouco mais velha, que nos aconselhava bem, a mim e à Lecas. Suficientemente próxima em idade para ter a mesma" linguagem".
Era muito, muito inteligente. E tão simpática, tão acessível. Serena. Equilibrada. Sentíamos que gostava de nós.
Foi uma óptima "aquisição" para a família, sem dúvida! E deu-nos quatro maravilhosos primos. Neste caso, pode dizer-se, com absoluta pertinência, que foi uma grande mulher ao lado de um grande homem. (do Mário dizia-me um colega dele, o Dr. Paulo Mendo: "o seu primo é uma sumidade" - e era, e não só como médico, professor, cientista, mas também como pessoa...).
Algumas imagens antes dos vossos comentários.


























8 comentários:

falkor disse...

Recordo com saudade a minha tia Meimei.
Salvou-me a vida, quando ainda criança, numas férias na casa da Aguda, me engasguei com um gomo de laranja.
A sua tenacidade e arrojo foram decisivos para que, numa situação de pânico, alguém tenha tomado a opção certa.
O sobrinho (imitador),
João Miguel

Anónimo disse...

A minha tia Meimei!...que saudades! hoje sei o quanto gostava de mim!...recordo as vezes que me pedia para eu cantar, dançar e recitar, recordo a sua forma acolhedora e meiga de receber na sua casa, as férias grandes na Aguda, os lanches (piquenique)no fundo do quintal...e a Tia Meimei sempre presente e atenta alinhando subtilmente nas nossas brincadeiras. Como eu gostava de ir lá para casa brincar com os meus primos.
A sobrinha (actriz),
Lélé

Anónimo disse...

Docas disse:Não convivi muito com a Meira.Poucas vezes participei nas festas de família em sua casa.Andava sempre por longe do Porto...Contudo,tenho provas da sua generosidade espontânea e da sua simpatia por mim, bem reveladas neste episódio que vou contar: era eu jovem de uns 20 anos e tinha vindo, salvo erro, de Angola. Estava desempregada, sem saber, ao certo, o que fazer. E a Meira disse-me: se quiseres,ficas em minha casa e nós pagamos os teus estudos. Nunca esqueci este gesto. Nunca a esquecerei.

Anónimo disse...

O testemunho da Docas dá-nos, em duas frases, o essencial da vida da Meira e do Mário. Eram assim mesmo. Ambos. Quando os perdemos,perdemos,para além de queridíssimos primos(irmãos...)o seu apoio, o seu conselho! A palavra "fraternidade" existe para os caracterizar! A "lista" de beneficiários da sua generosidade é muito longa... E a Docas não sabe o que perdeu, ao perder aquelas grandes festas de família!

Anónimo disse...

Manela disse: A Maria do Sameiro era o exemplo perfeito de uma mulher forte e decidida -não fazia esforço para ser.Era! (essa de salvar o João Miguel...já nem me lembrava!)Mas, é verdade que ela fazia, naturalmente, a coisa certa.Um pormenor indiciador dessa maneira de estar na vida: logo nas primeiras de muitas visitas que fez a Londres, contou-me que as pessoas se dirigiam a ela, com frequência, a perguntar direcções de ruas, que ela, evidentemente,(evidentemente para nós),desconhecia.O seu à vontade,a sua tranquilidade, o seu aspecto de pertencer ao lugar, o seu ar simpático e "reliable" a isso levavam. E, pensando bem, a Meira era, de facto, senhora de uma fleuma mais comum na Inglaterra do que em Portugal.Precisamos todos aprender as suas lições de vida...

Maria Teresa Aguiar disse...

Do que me lembro melhor da tia Meimei, é do tempo em que passavamos juntos férias na Aguda, principalmente na "casa das Palmeiras". Era uma pessoa que, não obstante o seu porte magestoso, tinha uma forma muito meiga de falar. Tirando o Natal e a Páscoa, as férias na Aguda, nos anos 60, eram de uma alegria imensa, tanto para nós como para eles. Era uma casa cheia, os nossos pais (Toninho e Xaninha, tio Mário e tia Meimei) a criançada (10, faltava a Kika que só viria a nascer em 1970) e 2 ou 3 empregadas. Algumas vezes também vinha a Sameiro grande. Aos fins-de-semana apareciam o avô Serafim, a avó Carolina, a tia Jijinha, o tio João, a Manela, a tia Lena e o tio David.
A alvorada era bem cedo para irmos para a praia, onde tinhamos duas barracas, iamos com as nossas mães (Xaninha e Meimei). Nós, as crianças corriamos felizes de chinelos nos pés e baldinhos na mão. As nossas mães entretinham-se a conversar e a fazer renda ou crochet, nunca tirando, é claro, os olhos das suas proles. Lembro-me que passavamos horas nas rochas a pescar e brincar nas poçinhas. Enfim, sobre esta época haveria muito a dizer, mas, de facto é das melhores recordações que tenho da tia Meimei daqueles tempos.
Bons velhos tempos...
Nónó

Anónimo disse...

É bom ouvir falar assim da nossa mãe...Obrigada.

Francisca disse...

Para dizer a verdade nunca conheci a minha avó...
Mas por o que ouço e por o vejo percebo que a avó Memei era uma pessoa muitos especial para todos vos e acredito que se a tivesse conhecido também seria para mim.
Obrigado por falarem assim da minha avó e acredito que o meu pai e as minha tias também agradecem por contarem essas historia sobre a minha avó de uma forma muito carinhosa.