quinta-feira, 4 de junho de 2009

W 93 - RETRATOS DO PAI

Avintes. Espinho. Carvalhos (o colégio, onde passou 11 anos). Porto. Gondomar. Coimbra. Fátima. Lisboa.
São os cenários da maioria das fotografias.
Há muitas outras terras de Portugal, em dias de passeio. E algumas de Espanha e de França.
Em passeios de carro, porque o Pai sempre se recusou, firmemente, a voar.
Voar, só em pensamento! Nesse sentido, sim, facilmente, porque era um sonhador. Um poeta. Um homem de tertúlias, comunicativo e sociável. Eis, em esboço, um primeiro "retrato psicológico".



























































































4 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Tantas imagens, da primeira à última...
Pelo meio, quantas mais não há!
O menino tímido, o jovem alegre, o homem atraente, o velho charmoso.
Era alto, loiro, elegante - até à fase em que engordou demais, na casa dos 30-40. Depois voltou ao seu normal!
Gostou sempre de vestir bem. Fatos discretos, mas de marca, ou feitos pelo Arménio, o seu excelente alfaiate portuense!
Tinha uma predilecção, também, pelo vestuário desportivo. No inverno, trocava, muitas vezes, o chapéu por um boné de "irish tweed".
Numa das passagens por Londres, comprei-lhe dois ou três - foi dos presentes mais apreciados!

Maria Manuela Aguiar disse...

Outros presentes que apeciou muito, mas, ao contrário dos bonés, usou pouco:
um isqueiro Dupont, de ouro, canetas do mesmo metal...
era tão distraído, que perdia tudo, a começar por guarda-chuvas, ou luvas.
Por isso, esses objectos perdíveis, ficavam em casa, ou saiam sí em ocasiões especiais.
Para perder sem grande pena, ofereciamos-lhe práticos isqueiros rowenta, lapiseiras cross de prata, ou aquilo que está solidamente seguro ao pescoço, como gravatas...

Maria Manuela Aguiar disse...

Um facto dissonante num homem tão religioso: uma superstição!
Só uma! Não usava gravatas vermelhas, ou com qualquer pormenor, por pequeno que fosse, dessa mesma cor...
Devo dizer que isso complicava a escolha, porque o vermelho entra em doses mínimas nas mais bonitas gravatas...

Maria Manuela Aguiar disse...

Naquele domingo de Páscoa, que foi o último, usou a sua gravata preferida, que era azul, com motivos verdes. Escolhida pela mãe.
É a única que guardamos para recordação. As outras foram todas oferecidas aos sobrinhos.