sexta-feira, 21 de agosto de 2009

W120 VIAGENS A ITÁLIA





terça-feira, 11 de agosto de 2009


A NÓNÓ regressou de férias!

Fabulosas férias, no norte de Itália: Veneza, Ravena, Rimini, San Marino, Bolonha, Verona, Pádua...
A costa do Adriático, com as suas praias de água à temperatura ideal... Igrejas, museus, palácios...
Ela vai contar.

Manela


Olá a todos,
Adorei. Já tinha estado em Milão e tinha gostado, mas agora, fiquei maravilhada. Penso que, de facto, a Itália é um país cheio de cultura e beleza. Quando puder quero voltar, embrenhar-me de novo na cultura (só em Veneza existem 120 Igrejas) e se possível levar os meus filhos às lindissimas praias do Lido de Veneza.
As fotos... Coming soon
Beijinhos,


5 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...
Estamos à espera das fotografias!
Eu concordo com a opinão da Nónó sobre a Itália, como país incomparável para turismo cultural!
Qualquer pequena cidade nos surpreende e deslumbra com um património que lá é quase "banal" e em qualquer outra parte do mundo seria destacado e reverenciado como especialíssimo...
Porque as expectativas eram muito diferentes, a mim, encantou-me mais uma cidade como Parma do que a celebérrima Veneza.
Mas Veneza merece, com certeza, uma visita mais atenta do que foi essa minha, breve e superficial, entre duas reuniões do Conselho da Europa...
Anónimo disse...
Docas disse:
Também sou uma entusiasta da Itália.
Estive, primeiro, no norte, atravessando os Alpes, que são espectaculares, embora não tanto do ponto de vista do tal turismo cultural. A excursão era organizada pela OIT, onde a Manela seguia um curso de 3 meses, e eu também fui convidada. Passamos uns dias em Turim e Milão - com a sua famosa catedral e uns frescos espantosos do Da Vinci, descobertos numa parede de um monumento mais modesto...
Muitos anos depois, voltei com o Fernando. Florença é a cidade mais extraordinária que conheço, mas também Sienna é um exemplo de arquitectura genial...
De Veneza não guardo recordações assim tão boas. Naquele tempo, o cheiro da cidade intoxicava...
Maria Manuela Aguiar disse...
Eu não tenho esse problema, tendo perdido o olfacto quase completamente, em criança, depois de uma operação.
Mas "era Fevereiro e chovia", tudo me pareceu triste, em Veneza...
É talvez sacrilégio dizer isto, mas achei Veneza uma cidade "teatral", vi-a como um cenário, mais do que uma cidade viva e real.
Já Roma, a Roma antiga,imperial, e a Roma dos últimos séculos, mesmo um pouco decadente, é o meu género de cidade.
Estive lá muitas vezes, a primeira das quais com a Tia Lola!
Maria Manuela Aguiar disse...
Por vezes, o contexto em que vemos as coisas, altera, de forma irremediavel, o juizo que fazemos delas.

Dou um exemplo: a aversão que a Docas e eu ganhámos à celebérrima catedral gótica de Colónia.
Porquê?
Porque chegamos à cidade de combóio, a meio da noite. Chovia tanto, que a visibilidada era reduzida, e, à saída da porta principal da estação, com as nossas malas e um mapa na mão, demos de caras com o que nos pareceu um enorme barco negro, medonho, encalhado na praça!
Um Titanic, a bloquear a s vistas e os caminhos...
É claro que não é culpa de quem construiu a obra de arte arquitectónica, mas de quem lhe anexou, sem respeitar distâncias, uma estação de caminho de ferro...
Lé disse...
Mana!
Da Itália só conheço Roma e o Vale de L’Aosta, e digo adorei, para mim que sou uma crente ficou consolidada a minha fé, perante tanta evidência da presença do Cristianismo. Gostava muito de conhecer Veneza e Florença, só estou à espera de uma companhia, tal como tu!!!

Itália: Nónó prometeu e cumpre

"Prego!" Conforme prometido, aqui estão alguns registos da minha passagem por algumas cidades italianas. Talvez não sejam as mais bem escolhidas, pois a confusão está instalada em perto de 2.000 fotografias. Vou tentar voltar, mais ordenada, esclarecedora e conclusiva. E quem sabe, com objectivos mais didáticos... "pronto".
Ciao

Adesso,
Uno, Due, Tre ......

VENEZA
Ponte RIALTO

Grande Canal

Nó no Vaporeto e o Campanário de São Marcos ao fundo


Palácio Ducal


Ponte dos Suspiros (interior)


Praça de São Marcos (esplanada)

Praça de São Marcos

Basilica de São Marcos e Palacio Ducal













LIDO DE VENEZA








VENEZA













RAVENA e RIMINI


Acesso à praia de Rimini (bandeiras portuguesa e brasileira)

Acesso de saída da praia de Rimini "Ciao a Tutti, Belli e Brutti

REPUBLICA DE SAN MARINO





BOLONHA





FIORANO - Memorial "Gilles Villeneuve"

FIORANO - FERRARI SHOP

MUSEU DA FERRARI


PISTA DE FIORANO - FERRARI

MARANELLO - Fábrica da FERRARI

VERONA
Arena

Acesso ao interior da Arena de Verona

Verona, 7 de Agosto de 2009 - Turandot de Giacomo Puccini

Ópera Turandot na Arena de Verona



O papel de Turandot foi cantado por Cristina Piperno

Giulietta Capuleti

Casa de Giulietta Capuleti

PÁDUA






Elena Lucrecia Cornaro Piscopia, 1ª Mulher licenciada no Mundo - Padova 1687

ESPANHA - El Escorial


5 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...
Que belo album de fotos de viagem!
Chama-se a isto cumprir, em grande estilo.
E, no que respeita à vertente didáctica, devo confessar quanto gostei de aprender que a primeira mulher licenciada se chamava Elena.
Elena Piscópia. Já anotei, para citar futuramente.
AconteceueEm século mais remoto do que suporia...
Padova devia der local de peregrinação para todas as feministas, como eu.
Tentarei lá ir, um dia, em homenagem ao "nosso" Santo António e à "nossa" Elena - património universal!
Maria Manuela Aguiar disse...
Bem, aquela imagem tua no Museu da Ferrari, ao volante, fez-me lembrar o "Museu da Coca-Cola", em Atlanta.
Será que a experimentação com o carro foi tão autêntica como a da bebida, em Atlanta?
Nónó disse...
Não, claro que não. Eu bebi mesmo Coca-Cola, de todas as cores e sabores, simples ou acompanhada, consolei-me!
No F1 foi a fingir, era um carro de simulação. Nestes não houve autenticidade.
Poderia ter conduzido os outros Ferraris, aqueles que se vêm nas fostos, os amarelos ou os vermelhos, mas, para além da fila de inscrições, debaixo de um sol tórrido, ainda tinha um custo de 40, 80 e 150 Euros.
De qualquer forma, à sombra, apreciei os amantes desta marca, percorrerem as ruas de Fiorano, a "assapar" nos carros com o seu som tipico de carro de corrida.
Giro!
António Aguiar disse...
As fotos estao lindas! Gostava tambem de ir um dia passar férias a esses locais todos. As paisagens são fantásticas e aqueles Ferraris, se lhes pudesse pôr a mão!
António Aguiar disse...
os motores dos ferraris sao lindos! o maximo!
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VIAGENS DA TIA LOLA



TIA LOLA 87
A festa este ano foi em Oeiras. Ontem. 87 anos, mas o espírito sempre jovem.
Muitos parabéns!
Os "parabéns a você" foram cantados pela 2º, 3º e 4º geração à Matriarca.
Nós, embora de longe, fizemos coro.
Estava previsto que viajaria com a Docas e estaria, de corpo e alma, na comemoração.
O imprevisto da Olívia partir o pulso é impedimento bastante a qualquer deslocação minha, que implique ficar para o dia seguinte... A sinistrada, a Mª Antónia, prestes a entrar nos 89, e os 7 gatos precisam de ajudante. A "Impedida". Eu!
Em 2008, neste mesmo dia, eramos só 3 - Docas, Tia e eu, mas foi muito animado e fiz óptimas fotografias. A Tia Lola com a sua boquilha, que se tornou uma imagem de marca. Só nesta bendita família se começa a fumar, desalmadamente, depois dos 85...
Publicada por Maria Manuela Aguiar em 13:42

Algumas FOTOS DA TIA LOLA - OS 87 ANOS
















3 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...
Que bonita estava a Tia Lola.
Um vestido de uma côr linda e que combinava perfeitamente com o bolo!
Tenho pena de não ter estado presente, mas sem mim os gatos ficariam abandonados... e miem, como diz a Laura.
E, depois, ainda há a minha mãe e a sinisrada Olívia, necessitadas de acompanhameebto, embora menos demonstrativas do que os miaus...
Maria Manuela Aguiar disse...
A Tia Lola veio a tempo de festejar nas "Varandas da Marinha" os anos da Beatriz. Aí a ausência mais notada foi a da Laura, muito falada pelas primas da mesma geração!
António Aguiar disse...
A Tia Lola estava como sempre muito bonita e alegre! A sua vivacidade é contagiante!
Um beijo



3 comentários:
Maria Manuela Aguiar disse...
Ao comentar a viagem da Nónó a Itália, falei da minha primeira ida a Roma e, de repente, lembrei-me que fiz essa viagem com a Tia Lola! Parece-me que foi pouco depois do 25 de Abril, talvez no verão de 1976. Inesquecível a descoberta da Roma antiga. Tinha estado antes, com a Cristina Estima, na Grécia, em Atenas, que pouco conserva das glórias passadas, para além do Parthenon, e não estava preparada para ver ruínas tão bem preservadas e sugestivas como as de Roma. Além disso, a companhia da Tia Lola tornou todas as descobertas mais divertidas. Fartámo-nos de andar, de ver igrejas, o Vaticano e a guarda suiça - mas não o Papa... - de comer pizzas, de atirar moedas para a "Fontana di Trevi", com vontade não concretizada - vá lá... - de dar um passeio felliniano nas águas turvas da Fontana, como a Anita Eckberg (se bem me lembro, era ela loira e imensa, de negro vestida - se não, tanto faz!).
E ainda excursionamos para sul: Capri (belas fotos, há que procurar!), Nápoles, Pompeia... No ano seguinte, continuei as animadas "Viagens com minha Tia": Londres! Com a Branca e o Zé Amaral. A Branca tinha perdido o marido em circunstâncias trágicas e era preciso distraí-la. Nada melhor do que o entusiamo contagiante da Tia Lola, no ar e em terra. A certa altura, perto de Picadilly Circus, uma inopinada entrada numa sex-shop converteu-se num sketch de filme cómico, com as risadas lusas, num ambiente onde mais ninguém se ria. Foi um momento para, mais tarde, recordar das originalidades londrinas. Não que o loja fosse de facto, originalíssima, mas em Portugal ainda não havia nada de vagamente parecido. (agora até já em Gondomar se inauguram, solenemente, feiras de pornografia).

Sexta-feira, 21 Agosto, 2009
Maria Manuela Aguiar disse...
Recordo uma terceira viagem com a Tia Lola, Tio Gustavo, Mãe, Maria do Carmo e Rosinha Gayoso. Foi a tal que começou com uma aterragem falhada no Funchal e terminou com o regresso atabalhoado, uns antes outros depois, por causa de uma greve da Tap. Estávamos em 1977!).
"In between", correu tudo maravilhosamente!

Sexta-feira, 21 Agosto, 2009
Paulo disse...
Eu só quero dar os Parabéns à tia Lola e desejar-lhe muitas felicidades. E dizer-lhe como está bonita e elegante naquela fotografia tirada em Londres, junto ao autocarro. Beijos do Paulo e família.

EM IMAGENS, ALGUMAS DAS VIAGENS DA TIA LOLA, POR TERRA, MAR, E AR.
Várias e variadas, e de uma coisa temos a certeza: foram muito menos dos que as que gostaria de ter empreendido, na sua vida feita de movimento !

Nem falemos das terras do Portugal desconhecido, onde morou, no ambiente remoto e solitário de minas disto e daquilo, ou em aldeias adjacentes de uma ruralidade ancestral e intocada pelo século XX!... Recorrendo a combóios, jeeps "de guerra", cavalos ou até burrinhos.
Vamos concentrar-nos, fundamentalmente, nas viagens aéreas ou de paquete, que ainda havia para África, com uma feérica passagem do Equador (a bordo do "Infante Dom Henrique"), as férias na Madeira e nos Açores, as excursãoe ao norte de Africa e ao Oriente, à Itália , à Inglaterra.
E, também, uma famosa passeata de carro, com o Nestó e a Zé, por Espanha e França, com epicentro em Paris (estavam eles ainda em lua de mel...).











































16 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

No Funchal escolhemos um hotel de apartamentos - creio que era o "Duas Torres" - onde, de longe a longe, a Tia Lola cozinhava uns jantares bons e rápidos, com muitas frutas tropicais para sobremesa.
Mas, na maior parte do tempo, fazíamos praia ou piscina e excursionavamos à volta da ilha, de táxi.
Logo no primeiro dia, o motorista que nos levou a passear, começou a discutir política. Era PPD, e eu também, e isso deixou-o encantado. Devia achar que os "cubanos" (ou seja, os continentais) eram todos socialistas. E eram -no, de facto, na altura, a Tia Lola, o Tio Gustavo e a Maria do Carmo (até foi eleita presidente da junta de freguesia de Olhão, pelo PS!). A Mãe era de (extrema) direita e a Rosa Maria não falava muito de política. Eu, sim...
O motorista, o Sr. Francisco, que foi contratado para a semana inteira, porque era simpático e grande volante, dizia: a doutora venha para a frente, para conversarmos. E eu ía e fazímos verdadeiros comícios do PPD, sem oposição do banco de trás...
Aparece numa das fotos, perto do Tio Gustavo.
À despedida, quis oferecer-me um vaso de flores madeirenses, e eu, pensando na viagem de avião, pedi que escolhesse o mais diminuto, que houvesse no seu jardim.
A filha ficou chocada: "Então vais oferecer à doutora o mais pequeno?"
"Pois vou, mas é ela que quer assim".
Curioso como este gesto e este relato de diálogo estão vivos, como se tivessem acontecido hoje , quando tanta coisa desapareceu dos meus registos de memória.
Talvez porque representem, para mim, o exemplo da hospitalidade madeirense, tão natural e genuína, bem personificada pelo Sr Francisco, meu correlegionário!

Maria Manuela Aguiar disse...

A simpatia era tanta que, pelo menos uma vez, deu mau resultado. Foi quando nos sugeriu que parassemos numa tasquinha de um amigo para provar uma "poncha".
"Ele é do CDS, mas é boa pessoa".
Sentámo-nos e o Sr Francisco foi, ele mesmo preparar a poncha, carregando generosamente nos seus ingredientes - hoje sei que são mel, limão e aguardente de cana, mas, então, não me dei conta que a aguardente estava lá, em quantidade.
A poncha era doce e deliciosa, sabia muito a mel, inofensivo mel, e eu repeti e tornei a repetir.
Bom, quando me levantei da cadeira percebi, logo, que não estava como antes. Fui cautesamente avançando, para que se não notasse. E não tropecei em nada nem ninguém-
Depois, na Camacha, numa casa de vimes, comprei cestos e cestos, que foram de difícil transporte, e ainda existem. Excessos...

Anónimo disse...

Maria Manuela Aguiar disse:
Foram umas férias magníficas!
Não houve nada do que constava da nossa agenda que não tivessemos visto - Pico do Areeiro, com rajadas de vento fortíssimo, que até me levaram os óculos pelo ar, Câmara de Lobos, Curral de Freiras, Ponta de São Lourenço, Santana e muito, muito mais... O casino, a discoteca do Savoy, a descida nos carrinho de verga, o mercado de deslumbrantes flores, as casas de bordados, a catedral... O mar, a piscina do country club, restaurantes vários...
Não parámos!
O mais difícil, como já disse foi sair de lá.
A Tap entrou em greve e o aeroporto virou pandemónio! Gente ululante e malas por todo o lado...
Os mais velhos revelaram-se mais enervados com a espera. Foram à luta, para arrancar lugares no primeiro avião disponível.
Creio que conseguiram zarpar no mesmo dia, embora não exactamente no mesmo aparelho. Felizmente dois a dois, ou duas a duas (Tia Lola e Tio Gustavo, Mãe e Maria do Carmo).
A Tap alojou-nos, a todos, no Casino Parque Hotel. Acho que aquelas duas duplas só lá pernoitaram uma noite.
Por mim, estava muito bem. Comuniquei ao Serviço do Provedor de Justiça as razões da minha ausência forçada até não sabia quando, e, claro, não houve objecção.
Durante mais um ou dois dias ainda tive a companhia da Rosinha. Depois fiquei só, mas absolutamente despreocupada.
Quando regressei, com as minhas cestas da Camacha, a atrapalhar um bocado, fi-lo com a maior tranquilidade, sem stress, sem atropelar e sem ser atropelada por ninguém. Pudera! Devo ter sido a última a partir.

Anónimo disse...

Maria Antónia disse:
Todos no divertimos bastante nessas férias na Madeira.
Os apartamentos eram agradáveis, com grandes varandas. A praia do hotel era boa, de pedrinhas, como todas as outras, e a água morna. Óptima! Passámos lá muito tempo, porque a Mª do Carmo e eu fomos n alguns passeios (Câmara de Lobos, Cabo Girão Curral de Freiras, Santana, Camacha e outros), mas não a todos. Aos jantares é que não faltamos. Um restaurante, lá no alto, e no cimo de uma rampa, onde a espetada madeirense era uma especialidade. Na mesa ao lado, uns rapazes simpáticos meteram conversa connosco e convidaram-nos para uma festa popular ali perto. Eu disse logo que sim - tinham bom ar. Mas, depois, a Mª do Carmo, que nestas coisas era muito antiquada, recusou-se a ir e eu também não fui...
Outro dos jantares foi num restaurante com um pátio de pedra, onde nos serviram um peixe espada preto, como nunca mais comi, na minha vida! As empregadas eram meninas com bom aspecto, vestidas de preto, com aventais brancos, como se usava, no meu tempo.
Outra noite inesquecível foi passada na discoteca do Hotel Savoy. A vista era deslumbrante: a cidade inteira, em hemiciculo, cheia de luzes, que subiam a montanha, o porto, com os navios também iluminados, a deixar o seu reflexo mo mar!
Por fim actuou um rancho folclórico e eu fui a única do grupo que fui dançar para o palco. A Mª do Carmo, quando o rapaz me veio convidar, ainda tentou que eu não fosse, mas não conseguiu...
O palco estava cheio de estrangeiras, todas felizes, como eu, a dançar o "bailinho".

Anónimo disse...

Maria Antónia disse:
Também houve noites mais pacatas, em que fizemos jantares ligeiros no apartamento e nos convidámos uns aos outros, ou aparecemos à sobremesa e ao café, para conversarmos na varanda,gozando a vista e a temperatura ideal.
Lembrei-me muito da minha Mãe, que contava maravilhas das suas passagens pela Madeira, onde os navios atracavam, na rota para o Rio de Janeiro. E, como ela e o meu pai, queria dar o passeio das cestinhas, que descem do monte até ao Funchal. Aí foi a Manela qie não deixou, dizendo que eu podia ter um descolamento da retina.
Ainda hoje sinto pena de não ter feito essa descida, com a Maria do Carmo.

Anónimo disse...

Maria Antónia disse:
O pior foi, de facto, a viagem de regresso, com a greve. Ainda estivemos à espera de seguir num avião, e até nos fizeram o check-in das bagagens.
Depois, veio a contra-ordem: não havia mais aviões nesse dia, mandaram-nos para o Hotel. E não queriam dar-nos as malas. Diziam que ficavam guardadas e seguiriam no avião em que fôssemos.
Exigi, imediatamente, as minhas malas. Ameacei chamar a polícia. Fiz um escarcéu, com a Mª Carmo muito aflita, a dizer: "Está calada, deixa lá!"
Mas eu não deixei e eles devolveram-nos a malas, que levamos connosco para o tal hotel. Era um bom hotel.
No dia seguinte, nova confusão. Foi difícil... Ficamos separadas da Lólita e do Gustavo, e viemos só as duas, sem Manela nem Rosinha.
Nesse tempo, ainda fumava e, quando fui saborear o meu cigarro, vi-me na companhia de um rapaz sorridente, que começou a falar comigo de política, que era então um tema normal de conversa.
Perguntou-me se era do PPD ou do CDS e respondi-lhe: "nem de um, nem do outro, sou monárquica, mas voto CDS, porque é o mais à direita".
Ele era do CDS e estava a acompanhar o Freitas do Amaral. Perguntou-me se queria conhecê-lo. Disse que sim, e lá fui com ele, quando acabamos de fumar. O Freitas do Amaral foi muito simpático, deu-me dois beijinhos e eu disse-lhe que tinha o meu voto, nas eleições.

Maria Manuela Aguiar disse...

A Tia LOLA gostou tanto da Madeira, que voltou lá no fim desse verão, com as netas, então muito pequenas.
Não disse nada aos pais , que pensavam que elas iam passar uns dias com a Avó no rectângulo continental, por terra, de combóio.
A Docas já contou essa história no blogue, mas seria bom saber a versão da "avó raptora", como a Docas lhe chamou...

Maria Manuela Aguiar disse...

Para além dos lugares por onde viajou, há os lugares onde a tia Lola morou. Cidades, como Gondomar (ao tempo, vila), Porto, Lisboa e Luanda.
Mas, também, povoados que talvez até nem venham no mapa, pelo menos alguns deles.
Eis o roteiro dos empregos do Tio Eduardo, com a Tia sempre ao lado:

BEJANCA
Mina de volfrâmio, admin. alemã

SÃO MAMEDE DE RIBA TUA
Minas da Escarvada
(onde teve de cavalgar o último trecho do caminho, com o Nestó bébé de meses)

REBORDELO (Vinhais)
As ruas eram cobertas de estrume - um dia o TioEduardo levou o menino a passear de fatinho branco, deixou-o cair no chão, devolveu-o a casa, como se imagina - imundo...

PAÇOS DE FERREIRA
Fiscalização de escolas.
UM andar óptimo, numa vila "cosmopolita". Aí nasceu a Docas, graças a uma parteira competente, pois vinha com o cordão umbilical à volta do pescoço.
Antes viveu numa casa grande, de umas velhas simpáticas.

RIO TINTO
Na Casa do Mirante, com os sogros, quando o Tio trabalhava em construções escolares.

ARCOS DE VAL DE VEZ
no mesmo tipo de trabalho

FREIXÊDA
De volta às minas.

PORTO, R. Costa Cabral
Curto período, à procura de emprego

BENDADA, BEIRA BAIXA
Minas da Bica

CERCAL DO ALENTEJO
Minas, também.

Anónimo disse...

GLÓRIA DOROTEIA DISSE:
(disse-me a mim, Manuela, e eu relato fielmente!).
Lembro-me bem dessa casa grande das vélhinhas, com corredores compridos, onde o Nestó jogava a bola.
Deixava a bola, e vinha a correr ter comigo vinha ter comigo, a dizer: "Minha Mãe, meu amor".
Estava a Docas para nascer.

Anónimo disse...

Glória Doroteia disse:
O meu filho fazia sucesso em todo o lado!
Nos Arcos de Val de Vez, ainda muito pequeno, já era elogiado pelas boas maneiras.
Uma condessa, com quem convivíamos lá, dizia-me:
"Que menino tão bem educado! Tira o boné para cumprimentar".
Comentário semelhante da Tia Hermínia, em Gondomar:
"As meninas sorriem e dizem bom dia, e o menino tira o boné para cumprimentar".
Eram assim todos - muito populares!

Anónimo disse...

Glória Doroteia disse:
Depois dos Arcos, quando estávamos em Rio Tinto e o Eduardo procurava um novo emprego, encontrou, no Porto, um colega de curso, então director de umas minas em Trás-os-Montes, que o convidou a trabalhar com ele.
Ele aceitou.
E lá fomos todos para a Freixeda.
O amigo chamava-se Gustavo Costa Pereira...

Anónimo disse...

Glória Doroteia disse:
Da Freixêda fomos para Bendada. Perdemos o contacto com o Gustavo. Mas, quando deixámos essas minas, o Eduardo tornou a falar-lhe. Ele dirigia já outras minas, no Alentejo (Cercal).
Precisava de um engenheiro e ofereceu-lheo lugar.
Retomámos o convívio.
Era o destino !

Anónimo disse...

Glória Doroteia disse:
O Gustavo era viúvo muito interessante e tinha dois filhos, o Tavinho e o Rui. A mulher morreu quando o Rui nasceu. Era muito bonita e de boas famílias. Uma tragédia!
Na Freixêda, viviamos todos na mesma casa. Os meninos brincavam uns com os outros. Eram mais ou menos da mesma idade.

Maria Manuela Aguiar disse...

Há 38 anos, a Tia Lola viajou com a Zé e o Nestó na segunda lua de mel que eles decidiram passar na Europa, aproveitando para comprar um austin 1300. Foram os dois para Londres de avião, daí de ferry para Boulogne e, depois, Paris.
A Tia Lola foi sozinha de lisboa para Paris- Austerlitz, de combóio.
O Nestó atrasou-se muito na demanda da Gare de Austerlitz, e o combóio - coisa rara em França - também! Foi o que valeu...
Andava o Nestó perdido na cidade, perguntou a um transeunte qual a direcção da estação e ele disse-lhe: é ali em frente.
Uma sorte!
A partir daí, a Tia Lola, com o seu francês do colégio da Esperança, tomou conta das operações. A um polícia perguntou: où est la Cité Universitaire?
Não iam exactamente para lá, mas era como se fossem. Tinham hotel reservado ao lado, em Gentilly.
A meu conselho. Já tinha retornado da "Cité", mas conhecia bem os arredores. Alojavamos sempre amigos ou família nesses pequenos hotéis simpáticos e bem mais económicos do que os do centro de Paris.
Não me recordo dos nomes, mas a Tia Lola acha que era o "Flash Rouge". O pequeno almoço era esplêndido, os "croissants" o ponto alto. Tudo o resto agradável qb.
Seguiram, laboriosamente, o roteiro obrigatório para turistas: visita ao Louvre, a Notre Dame, aos Campos Elísios, ao Arco do Triunfo, com subida ao Arco, num 8 de Maio, etc. etc.
Uma falha só: não subiram aos terraços da Torre Eifel. A Tia lamenta.
Parece que a Torre era um dos monumentos favoritos do Avô Aguiar e para as filhas o facto de a não visitar é o equivalente a ir a Roma e não ver o Papa.
A minha Mãe, que passou férias comigo na dita Cidade Universitária, mesmo, mesmo no "campus", não falhou esse objectivo...

Maria Manuela Aguiar disse...

Realizou-se essa excursão no início de Maio de 1971, quando ainda decorriam as comemorações do maio 68. E nada melhor para comemorar, no espírito do acontecimento, do que uma nova batida da polícia de choque, com os seus escudos transparentes, sobre manifestantes no "Quartier Latin", onde a Tia Lola, Zé e Nestó estavam na hora certa. Havia carrinhas da polícia por todo o lado e ambiente efervescente.
Nem todos os turistas têm direito a este espectáculo!
Para além disso, recordações gastronómicas do Quartier - os restaurantes, os cafés, as grandes sanduíches.

Maria Manuela Aguiar disse...

O episódio mais triste foi um encontro com uma emigrante portuguesa numa estação de metro.
A chorar, porque na direcção que lhe tinham dado como morada do tio - o contacto para arranjar trabalho - ninguém o conhecia.
Arrastava uma mala e queria saber se podia transporta-la no metro -
(est-ce qu' on peut porter la valise dans le metro?).
Essa resposta foi positiva, mas, quanto ao resto, não sabemos como acabou a história.