Diálogo com a familia e amigos num círculo em expansão
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Parabéns à TIA GIJA cantados pela BEATRIZ
24 comentários:
Nónó
disse...
Tia Giginha, Muitos parabéns pelas jovens 89 primaveras. Se a Tia fosse cibernauta via e ouvia, estes inocentes parabéns às 10h00 da manhã. Até mais logo. Beijinhos da Nónó
Sim, sim, parabéns às duas, à Mª Antónia, por fazer anos, e à Beatriz por ter sido a primeira a cantar o "happy birthday" - em português, naturalmente. Depois, falou a Tia Lola e o João Razzini. E o correio truxe um postal da Sãozinha - de Barcelona - e uma carta da Tia Lola, com um daqueles esplendorosos cartões de felicitações que ela sabe escolher tão bem! Eu dei-lhe o meu presente ao som de uns fados de Ândelo Vieira Araújo, o nosso amigo, colega do Pai. Ela adorou - estranho não conhecer o seu talento!
Penso que desde á muitos anos é a primeira vez que não lhe dou pessoalmente um grande beijinho. Mas como é para isto que serve a internet ai vão muitos beijinhos, xi-corações e votos de muitos anos bem dispostos com muita saude e rodeado de todos os Aguiares.
Marcámos-te falta, Rosa Maria! A reunião foi esplêndida, do ponto de vista qualitativo e quantitativo. A Maria Antónia está sempre no seu melhor, quando rodeada de amigos - muitos! Até fez um discurso em que disse mais ou menos isso - que só sente bem assim, e que são os sobrinhos que a mantêm jovem. E jovem se considera! Cá estiveram a Tia Lena, o Paulo, Francisca e Alexandre, a Sameiro e a Nita e João Paulo, a Xaninha e oa Aguiar Pereira, a Nónó, Tózinho, Tété, Lé, Joana e Tiago, Carlos, Káká, João Miguel, Teresa e Madalena, Isabelinha, Manela, António e Beatriz, e,ao fim da tarde, o Helder. A Olívia, a Maria da Luz, que é a nova ajudante de Olívia,e eu. Casa cheia! Em pensamento, muitos mais, ainda. O teu caso. O das "gémeas" da minha mãe - que foram muito lembradas por todos nós e que a festejada não esqueceu, no seu discurso, de taça de champanhe na mão.
Momentos hilariantes, os da leitura - leitura, não, como insistia o João Paulo, récita!- de versos de um livro de "poemas de retrete", que o Paulo ofereceu à Tia e que ela vai adoptar como livro de cabeceira... Todos, excepto os que se recusaram terminantemente, recitaram um poema, sorteado ao acaso (havia uns muito piores do que outros...). Escapaste de boa!... A Maria Antónia adorou, como podes imaginar.
Flores, flores, flores, muito riso, gargalhadas e os parabéns bem cantados por vozes privilegiadas. Os gatos a ver a festa do interior da sua cabaninha, pois as criancinhas excitam os gatos e vice-versa. Pelo meio, fugiu a Tita, para o interior do muro do vizinho. Inacessível. Foi o momento de "suspense" do dia, com vários voluntários - Paulo, Mª da Luz e eu - armados de uma longa escada. Por fim, chegou o vizinho, com o seu cão, e a gata regressou, de imediato,por iniciativa própria.
Meninos, dos 6 aos 18, que participaram na festa desta Tia divertida: Aqui têm um bom tema para tecer alguns comentários, no âmbito do concurso! Se eu fosse da vossa idade, podia perder o prémio do "melhor comentário", mas era imbatível no prémio "mais comentários"... Mas como isso está fora de causa, lancem mãos à obra.
Docas disse: Estou a 300 Km. de distância, mas a acompanhar o festa, através dos meios que o nosso século oferece. Deixei aí o meu cartão de parabéns. Dois gatos, um preto e outro cinzento, uma flor amarela, vários pacotes de presentes e uma frase, aplicável a tia, o mais possível: Só é jovem quem pode, mas só envelhece quem quer! Parabéns. Beijinhos
No sábado passado, ainda em Agosto, com muita gente de férias, estivemos no 2º convívio dos 89 anos da mãe, a Tia Lola, a Xaninha, a Zé, a Mª João, a Lélé e eu. A certa altura, a conversa virou na direcção deste blogue, das recordações de outros tempos. Histórias que foram incluídas, aqui e ali... Dos tios Zé, Manuel e António, da Avó Maria, dos meus Pais, da Mãe, da Tia Lola, da Tia Lena e da Xaninha nos respectivos colégios, da Nucha e das lições de piano, da Tia Lina e dos netos, de viagens e de muitas outras coisas. Eu ía anotando, para distribuir em comentários...
Muito criticada a opção da Tia Lola, quando decidiu comprar o seu andar na Senhora da Hora! A começar por ela própria, que ali está, agora, só e longe de tudo (o que interessa) e de todos - da família, irmãs, sobrinhos. Porque não Gondomar, que, na altura, não era mais caro? Ou Madalena, Aguda, para já não falar de Espinho ou Miramar? Eu, por exemplo, facilmente a iria buscar a estas terras, mas no labirinto da Senhora da Hora, lá onde a Tia mora, não me aventuro. Só de metro, pois até é perto de casa... Mas a Tia recusa-se a andar de metro - a única vantagem logística do seu apartamento... Foi tema de conversa, pois, tendo a Mª João - a boleia habitual - compromissos em Aveiro, não havia transporte fácil, para além do táxi, que estava em consideração... Resolveu o problema a Lélé, uma das poucas Aguiares que já aprendeu a orientar-se no puzzle de sentidos proibidos que tanto dificulta o acesso ao apartamento da Tia.
marialuis xb disse... que riquinha que é a minha prima , sabe cantar muito bem , será um futuro orgulho da familia , pode ser que assim as pessoas se esqueçam das suas traquinisses (que até sao algumas ) .
Carolina disse... Que encanto de prima que eu tenho! Adoro esta minha prima traquinas que canta muito bem! Parabéns tia Giginha! Não pareces ter a idade que tens, pareces muito mais nova!
A Tia Giginha é para mim um orgulho e exemplo da vivacidade que se pode ter quase aos 90 anos! Sempre que entro em sua casa, nunca para de rir! Muitos parabéns para esta grande mulher! E a Beatriz... nunca ouvi alguem dessa idade que tivesse tamanha afinação, parabéns Bia!
Pois realmente a Beatriz canta muito bem, mas a tia Gijinha só hoje, passado mais de 1 mês do seu aniversário, é que a tia gijinha viu a Beatriz a cantar-lhe os parabéns.E gostou imenso!!! Bjs
Hoje em Espinho fui de novo "assediado" pela tia. Deve ser uma "tara" como disse a Manela. É uma alegria estar sempre lá, rio-me sempre tanto. Adoro-te tia!
Maria Antónia tem sonhado muitas vezes com a Villa Maria, nestes últimos dias. Num desses sonhos via-se em corridas pela quinta fora, com a Tia Lola a dizer-lhe: "Não vás por aí! Anda pela rua das pereiras." E, quando para lá corria, acordou. Um desapotamento. Já não tem 15 anos e está na cama em Espinho...
Depois a contar o sonho, começou a recordar episódios reais dessa vida passada: As duas entravam no curral dos porcos, abriam as portadas e deixavam os bichos sair, desabalados, a destruir tudo quanto estava plantado por ali abaixo. Os criados aflitos; "Ai meninas, o que foram fazer!!!" O que vai dizer a Mãezinha?" E elas: "Não é culpa nossa. Só fomos vê-los e eles fugiram!".
Hoje ao almoço - coisa rara... - a Olívia apresentou, como prato principal, peixe espada grelhado. E logo a Mãe se lembrou de uma história antiga: Andavam a passear, na Póvoa, os dois casais, Mª Antónia e João, Amélia e António Rei, quando viram uma pexeira a vender esta espécie de peixe. Comentou a Mãe que não conhecia essa espécie. Disse a Amélia que era muito comum em Lisboa, e que era excelente. Excelente e não caro, ainda por cima. A Mãe fez o negócio com a vendedeira e, depois do passeio foram para sua casa, no Porto, jantar a dita compra - os quatro, sempre em ambiente de festa! Supõe a Mãe que quem cozinhou foi a Amélia...
Com a Tia Lola, em vésperas de ir para Oeiras passar algum tempo na casa da Xana e Ana, a conversa da tarde de sábado em Espinho incidiu sobre o velho Colégio da Esperança. Primeiro falaram dos tempos vividos na mocidade, das amigas, das professoras boas ou más - histórias já contadas noutros capítulos deste blogue. Depois veio o relato téctrico das reuniões de antigas alunas. A Mãe explica porque deixou de comparecer há alguns anos atrás... "Estão todas muito velhas, muito decadentes. Pergunto por esta, por aquela, e respondem-me: morreu, morreu... Outras estão irreconhecíveis, andam de bengala, de muletas." Mas entre memórias de rostos velhos ou jovens, os nomes das amigas vão desfilando. A Zita, mãe da Zita Seabra, que era muito bonita, loirinha e de olhos azuis. A Miriam Gabriela Camelier, médica, que conheci, há pouco tempo, em grande forma, numa universidade sénior, (ainda exerce a profissão!). A Manuela Abrantes, que tinha uma grande casa, no Porto - foi para irem a uma festa nessa casa que as manas Aguiares falsificaram uma autorização da "mamã"... A Mª Laura Horta, filha do Dr. Urgel Horta. A Beatriz Paes. A Olímpia, com quem convivemos em Espinho, e de quem gostavamos muito. A Rénia Finkelstein, que veio pequenina da Polónia - e lhes dava muitos "pins". Teve uma óptima loja de peles, no Porto, onde a Mãe comprou um dos seus casacos de "vison".
Nessa tarde, depois, vieram à conversa: o António, o Xico, o Pai, o café Guarani, onde iam ouvir música ao vivo (agora essa tradição foi retomada!) o Tio Tónio e a sua "mania" de comprar vários pares de sapatos iguais, no mesmo dia, a Xana, que fazia "quimio" numa rua perto de "Os leões", um encontro com o Mário, perto dessa praça, no Café Piolho, a Tia Lola na casa dos 30, e o seu famoso retrato, que esteve meses, exposto na montra da fotografia Vieira, na Rua Santa Catarina, o Danilo, que nessa mesma rua, quase em frente ao Majestic, tinha uma sapataria com o seu nome - e que ofereceu à Tia os sapatos do casamento...
Ontem, numa tarde espinhense muito animada, mais uma inconfidência da Mãe: De vez em quando, retirava para proveito próprio umas moedas da stock que a Avó Maria punha de lado para dar aos pobres. Depois, ia confessar o pecado ao Sr. Abade Crispim, que era sempre muito complacente...
Hoje, quando me deliciava com a marmelada caseira da D. Teresa, a Mãe lembrou-se de um episódio antigo. A Avó Maria também fazia, por suas mãos uma marmelada excelente, com marmelos de casa. E, nesse dia distante, agora recordado, colocou um grande número de tijelinhas à janela, a secar, num enorme tabuleiro de laca preta, decorado com flores. Parecia em segurança, posta mais dentro do que fora do parapeito. Inesperadamente, um dos gatos persas, veio em corrida, falhou um salto e aterrou no tabuleiro que tombou para o exterior, espalhando as tijelas voadoras pelo jardim. A Tia Lola e a Mãe riram perdidamente, longe da vista da Mãe, que não apreciaria a reacção...
24 comentários:
Tia Giginha,
Muitos parabéns pelas jovens 89 primaveras.
Se a Tia fosse cibernauta via e ouvia, estes inocentes parabéns às 10h00 da manhã.
Até mais logo.
Beijinhos da Nónó
PS: Bravo à Beatriz
Sim, sim, parabéns às duas, à Mª Antónia, por fazer anos, e à Beatriz por ter sido a primeira a cantar o "happy birthday" - em português, naturalmente.
Depois, falou a Tia Lola e o João Razzini. E o correio truxe um postal da Sãozinha - de Barcelona - e uma carta da Tia Lola, com um daqueles esplendorosos cartões de felicitações que ela sabe escolher tão bem!
Eu dei-lhe o meu presente ao som de uns fados de Ândelo Vieira Araújo, o nosso amigo, colega do Pai. Ela adorou - estranho não conhecer o seu talento!
Penso que desde á muitos anos é a primeira vez que não lhe dou pessoalmente um grande beijinho.
Mas como é para isto que serve a internet ai vão muitos beijinhos, xi-corações e votos de muitos anos bem dispostos com muita saude e rodeado de todos os Aguiares.
Marcámos-te falta, Rosa Maria!
A reunião foi esplêndida, do ponto de vista qualitativo e quantitativo.
A Maria Antónia está sempre no seu melhor, quando rodeada de amigos - muitos!
Até fez um discurso em que disse mais ou menos isso - que só sente bem assim, e que são os sobrinhos que a mantêm jovem. E jovem se considera!
Cá estiveram a Tia Lena, o Paulo, Francisca e Alexandre, a Sameiro e a Nita e João Paulo, a Xaninha e oa Aguiar Pereira, a Nónó, Tózinho,
Tété, Lé, Joana e Tiago, Carlos, Káká, João Miguel, Teresa e Madalena, Isabelinha, Manela, António e Beatriz, e,ao fim da tarde, o Helder. A Olívia, a Maria da Luz, que é a nova ajudante de Olívia,e eu.
Casa cheia!
Em pensamento, muitos mais, ainda.
O teu caso.
O das "gémeas" da minha mãe - que foram muito lembradas por todos nós e que a festejada não esqueceu, no seu discurso, de taça de champanhe na mão.
Momentos hilariantes, os da leitura - leitura, não, como insistia o João Paulo, récita!- de versos de um livro de "poemas de retrete", que o Paulo ofereceu à Tia e que ela vai adoptar como livro de cabeceira...
Todos, excepto os que se recusaram terminantemente, recitaram um poema, sorteado ao acaso (havia uns muito piores do que outros...).
Escapaste de boa!...
A Maria Antónia adorou, como podes imaginar.
Flores, flores, flores, muito riso, gargalhadas e os parabéns bem cantados por vozes privilegiadas.
Os gatos a ver a festa do interior da sua cabaninha, pois as criancinhas excitam os gatos e vice-versa.
Pelo meio, fugiu a Tita, para o interior do muro do vizinho. Inacessível.
Foi o momento de "suspense" do dia, com vários voluntários - Paulo, Mª da Luz e eu - armados de uma longa escada.
Por fim, chegou o vizinho, com o seu cão, e a gata regressou, de imediato,por iniciativa própria.
Amanhã, novo "round" destes festejos. São esperadas a Tia Lola e a Zé e vários repetentes da jornada de hoje.
Meninos, dos 6 aos 18, que participaram na festa desta Tia divertida:
Aqui têm um bom tema para tecer alguns comentários, no âmbito do concurso!
Se eu fosse da vossa idade, podia perder o prémio do "melhor comentário", mas era imbatível no prémio "mais comentários"...
Mas como isso está fora de causa, lancem mãos à obra.
Docas disse:
Estou a 300 Km. de distância, mas a acompanhar o festa, através dos meios que o nosso século oferece.
Deixei aí o meu cartão de parabéns.
Dois gatos, um preto e outro cinzento, uma flor amarela, vários pacotes de presentes e uma frase, aplicável a tia, o mais possível:
Só é jovem quem pode, mas só envelhece quem quer!
Parabéns.
Beijinhos
Parabéns, Tia Mariazinha.
Como de costume lá foi o meu representante ( o Paulinho), que sempre me diz que adora ir a sua casa nestes dias.
Nós gostamos muito de si.
Pelos vistos foi daqueles que leu, com gosto, um dos poemas.
Um destes dias por aí passarei também.
Beijinhos e muitos parabéns.
No sábado passado, ainda em Agosto, com muita gente de férias, estivemos no 2º convívio dos 89 anos da mãe, a Tia Lola, a Xaninha, a Zé, a Mª João, a Lélé e eu.
A certa altura, a conversa virou na direcção deste blogue, das recordações de outros tempos.
Histórias que foram incluídas, aqui e ali...
Dos tios Zé, Manuel e António, da Avó Maria, dos meus Pais, da Mãe, da Tia Lola, da Tia Lena e da Xaninha nos respectivos colégios, da Nucha e das lições de piano, da Tia Lina e dos netos, de viagens e de muitas outras coisas.
Eu ía anotando, para distribuir em comentários...
Muito criticada a opção da Tia Lola, quando decidiu comprar o seu andar na Senhora da Hora!
A começar por ela própria, que ali está, agora, só e longe de tudo (o que interessa) e de todos - da família, irmãs, sobrinhos.
Porque não Gondomar, que, na altura, não era mais caro? Ou Madalena, Aguda, para já não falar de Espinho ou Miramar?
Eu, por exemplo, facilmente a iria buscar a estas terras, mas no labirinto da Senhora da Hora, lá onde a Tia mora, não me aventuro.
Só de metro, pois até é perto de casa... Mas a Tia recusa-se a andar de metro - a única vantagem logística do seu apartamento...
Foi tema de conversa, pois, tendo a Mª João - a boleia habitual - compromissos em Aveiro, não havia transporte fácil, para além do táxi, que estava em consideração...
Resolveu o problema a Lélé, uma das poucas Aguiares que já aprendeu a orientar-se no puzzle de sentidos proibidos que tanto dificulta o acesso ao apartamento da Tia.
marialuis xb disse...
que riquinha que é a minha prima , sabe cantar muito bem , será um futuro orgulho da familia , pode ser que assim as pessoas se esqueçam das suas traquinisses (que até sao algumas ) .
beijinhos da tua priminha mary ;D
Carolina disse...
Que encanto de prima que eu tenho!
Adoro esta minha prima traquinas que canta muito bem!
Parabéns tia Giginha!
Não pareces ter a idade que tens, pareces muito mais nova!
A Tia Giginha é para mim um orgulho e exemplo da vivacidade que se pode ter quase aos 90 anos! Sempre que entro em sua casa, nunca para de rir! Muitos parabéns para esta grande mulher!
E a Beatriz... nunca ouvi alguem dessa idade que tivesse tamanha afinação, parabéns Bia!
Pois realmente a Beatriz canta muito bem, mas a tia Gijinha só hoje, passado mais de 1 mês do seu aniversário, é que a tia gijinha viu a Beatriz a cantar-lhe os parabéns.E gostou imenso!!!
Bjs
Hoje em Espinho fui de novo "assediado" pela tia. Deve ser uma "tara" como disse a Manela. É uma alegria estar sempre lá, rio-me sempre tanto. Adoro-te tia!
Maria Antónia tem sonhado muitas vezes com a Villa Maria, nestes últimos dias. Num desses sonhos via-se em corridas pela quinta fora, com a Tia Lola a dizer-lhe: "Não vás por aí! Anda pela rua das pereiras." E, quando para lá corria, acordou.
Um desapotamento. Já não tem 15 anos e está na cama em Espinho...
Depois a contar o sonho, começou a recordar episódios reais dessa vida passada:
As duas entravam no curral dos porcos, abriam as portadas e deixavam os bichos sair, desabalados, a destruir tudo quanto estava plantado por ali abaixo.
Os criados aflitos;
"Ai meninas, o que foram fazer!!!" O que vai dizer a Mãezinha?"
E elas:
"Não é culpa nossa. Só fomos vê-los e eles fugiram!".
Hoje ao almoço - coisa rara... - a Olívia apresentou, como prato principal, peixe espada grelhado.
E logo a Mãe se lembrou de uma história antiga:
Andavam a passear, na Póvoa, os dois casais, Mª Antónia e João, Amélia e António Rei, quando viram uma pexeira a vender esta espécie de peixe. Comentou a Mãe que não conhecia essa espécie. Disse a Amélia que era muito comum em Lisboa, e que era excelente. Excelente e não caro, ainda por cima. A Mãe fez o negócio com a vendedeira e, depois do passeio foram para sua casa, no Porto, jantar a dita compra - os quatro, sempre em ambiente de festa!
Supõe a Mãe que quem cozinhou foi a Amélia...
Com a Tia Lola, em vésperas de ir para Oeiras passar algum tempo na casa da Xana e Ana, a conversa da tarde de sábado em Espinho incidiu sobre o velho Colégio da Esperança.
Primeiro falaram dos tempos vividos na mocidade, das amigas, das professoras boas ou más - histórias já contadas noutros capítulos deste blogue.
Depois veio o relato téctrico das reuniões de antigas alunas.
A Mãe explica porque deixou de comparecer há alguns anos atrás...
"Estão todas muito velhas, muito decadentes. Pergunto por esta, por aquela, e respondem-me: morreu, morreu... Outras estão irreconhecíveis, andam de bengala, de muletas."
Mas entre memórias de rostos velhos ou jovens, os nomes das amigas vão desfilando.
A Zita, mãe da Zita Seabra, que era muito bonita, loirinha e de olhos azuis.
A Miriam Gabriela Camelier, médica, que conheci, há pouco tempo, em grande forma, numa universidade sénior, (ainda exerce a profissão!).
A Manuela Abrantes, que tinha uma grande casa, no Porto - foi para irem a uma festa nessa casa que as manas Aguiares falsificaram uma autorização da "mamã"...
A Mª Laura Horta, filha do Dr. Urgel Horta.
A Beatriz Paes. A Olímpia, com quem convivemos em Espinho, e de quem gostavamos muito.
A Rénia Finkelstein, que veio pequenina da Polónia - e lhes dava muitos "pins". Teve uma óptima loja de peles, no Porto, onde a Mãe comprou um dos seus casacos de "vison".
Nessa tarde, depois, vieram à conversa:
o António, o Xico, o Pai, o café Guarani, onde iam ouvir música ao vivo (agora essa tradição foi retomada!)
o Tio Tónio e a sua "mania" de comprar vários pares de sapatos iguais, no mesmo dia,
a Xana, que fazia "quimio" numa rua perto de "Os leões",
um encontro com o Mário, perto dessa praça, no Café Piolho,
a Tia Lola na casa dos 30, e o seu famoso retrato, que esteve meses, exposto na montra da fotografia Vieira, na Rua Santa Catarina,
o Danilo, que nessa mesma rua, quase em frente ao Majestic, tinha uma sapataria com o seu nome - e que ofereceu à Tia os sapatos do casamento...
Ontem, numa tarde espinhense muito
animada, mais uma inconfidência da Mãe:
De vez em quando, retirava para proveito próprio umas moedas da stock que a Avó Maria punha de lado para dar aos pobres.
Depois, ia confessar o pecado ao Sr. Abade Crispim, que era sempre muito complacente...
Hoje, quando me deliciava com a marmelada caseira da D. Teresa, a Mãe lembrou-se de um episódio antigo.
A Avó Maria também fazia, por suas mãos uma marmelada excelente, com marmelos de casa. E, nesse dia distante, agora recordado, colocou um grande número de tijelinhas à janela, a secar, num enorme tabuleiro de laca preta, decorado com flores.
Parecia em segurança, posta mais dentro do que fora do parapeito.
Inesperadamente, um dos gatos persas, veio em corrida, falhou um salto e aterrou no tabuleiro que tombou para o exterior, espalhando as tijelas voadoras pelo jardim.
A Tia Lola e a Mãe riram perdidamente, longe da vista da Mãe, que não apreciaria a reacção...
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