W118 - A OLÍVIA partiu um pulso...

Se tivessemos a menor dúvida quanto à degradação dos serviços de saúde em Espinho, aí estava a forma como a Olívia foi tratada na chamada "consulta aberta" (nome do sucedâneo pobre da antiga urgência) para termos a prova provada da decadência do sistema.
Caíu na rua, sobre o braço esquerdo. Dores fortes, pulso inchado...
Atendimento humanamento simpático e até rápido, em Espinho, onde, com a Docas, a levei no Peugeot.
Porém... o aparelho de "raios X" deixou de funcionar, a partir de 1 de Agosto. Numa praia povoadíssima, no mês de turismo, por excelência...
Colocom-lhe ligaduras e talas, à cautela, e mandam-na na ambulância dos bombeiros para o hospital de Gaia - Santos Silva. Chamado Hospital Gaia-Espinho, para iludir o "eleitorado"...
Eram 3.30 da tarde. Regressou a casa, de táxi (25 euros), às 22.oo!!!

Circuito de loucura: horas à espera do 1º atendimento, depois da radiografia, novo atendimento médico (uma espanhola que não falava uma palavra de português - valeu a Docas, feita tradutora) engessam-lhe o braço, engessam-lhe a roupa, também, longa espera, nova radiografia, depois papeis, instruções...
A Docas, no seu papel caritativo já habitual, pergunta se pode ir ao bar e regressar ao interior da urgencia de ortopedia. Dizem-lhe que sim. Tem pulseira de "acompanhante".
Quando tenta regressar um prepotente e imbecil porteiro recusa-lhe a entrada, apesar de ter com ela a carteira e documentação da Olívia!!! Exige que vá pedir um documento, um "passaporte" à secretaria. Aí recusam, mandam-na de volta para se debater com a arbitrariadade do porteiro. Ping-pong. ..
Docas, em pânico, telefona-me: o que fazer com a carteira da sinistrada? "Não a entregues a esses loucos. Vai tentando entrar por outras portas, com outras "autoridades".
O que lhe parecia imposível, mas não foi. Mudança de turno ou de porta.
Um rapaz civilizado, normal. Levou- a, ele mesmo, lá dentro, para não se perder...