quarta-feira, 31 de março de 2010

W155 - UMA QUADRA de Maria Antónia 1952

Sabia-se da sua existência por afirmação da Autora, mas estavam desaparecidos há décadas e décadas. Eu, por exemplo, nunca tinha lido um só desses poemas. Encontrei-os há 5 minutos, numa mala de couro da Maria Póvoas, que contem, sobretudo, coisas da Tia Rozaura.
Estava o gordo gato preto Willie-Willie em cima dessa preciosa mala aniga e eu resolvi ver se estava um pouco abaulada ou não. Está bem, felizmente, e dentro encontrei os mais variados "tesouros" afectivos.
Depois os descreverei. Para já, simplesmente, os primeiros versos a serem vislumbrados -uma pequena quadra!

E comigo te arrasto nesta dor
Por tanto te querer e ter sofrido
Ciume, angústia - este estranho amor -
Que tão mal tem sido compreendido...

Maria Antónia
Gondomar - 6 junho 1952

Parece ser parte de um soneto...Outra discípula de Florbela!
Noto que a data é a de aniversário do pai.

Há outros, dentro de um velho caderno da cadeira de GEOGRAFIA! Muito anteriores, dos tempos do Colégio da Esperança, finais dos anos 30.

1 comentário:

Maria Manuela Aguiar disse...

À euforia da descoberta do que pensava ser a famosa compilação dos seus versos que a maria antónia não sabe onde guardou, segui-se o desapontamento de verificar que me enganara...
Da maturidade, não havia mais do que este fragmento, e da adolescência, apenas dois poemas!...