quinta-feira, 6 de novembro de 2008

W39 JOÃO CARLOS RAZZINI

DRAGÃO COMO NÓS
Nascido em Olhão, a 11 de Novembro de 1950, de mãe algarvia e pai siciliano: Maria do Carmo Fuzeta Cativo e Salvatore Razzini.
O filho da Maria do Carmo!
Entrou não só para a nossa família, mas também para a do DRAGÃO.
Deve ser o único portista de Olhão... A menos que, entretanto, o Jorge Costa tenha conseguido converter algum outro.
Fotos não há muitas, porque ele procura sempre fugir das objectivas. Mas há algumas...
E histórias também. Eu conto quando voltar da Argentina. E junto a reportagem iconográfica possível.

Comentários a partir do dia de aniversário!

6 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...

Conhecemos o João Carlos com 8 anos, quando nos tornámos vizinhos, no prédio da R. Latino Coelho. Uma das primeiras imagens que guardo desse tempo é a do menino a pedir uns tostões para uma cascata de S. João, em conjunto com colegas de Escola. Uma tradição portuense que "escandalizou" os pais algarvios: O filho a pedir "esmola" na rua! Nós achámos imensa graça e demos a nossa contribuição...

Maria Manuela Aguiar disse...

Tal como o Pai, o João Carlos foi sempre tranquilo, discreto, mas muito bem disposto e divertido. Gostava de festas e da exuberância dos outros - a começar pela da própria Mãe e pela da minha Mãe!
Era um "irmão", bem mais pequeno do que nós, sempre presente, durante esse tempo feliz em que vivemos na R. Latino Coelho, no Porto.
Estudava o quanto baste, tinha os seus amigos - não muitos, mas óptimos, porque é selectivo - fez, sem dificuldade, o liceu, e foi para a Faculdade de Economia, salvo erro. Pena, porque dava para perceber que, com o seu feitio idealista, pouco virado para o lado material das coisas, aquele curso não lhe iria agradar. Era um rapaz inteligente e culto, com mais vocação para letras, e línguas. Fala várias, um excelente inglês, francês, italiano (ou não fosse 50% puro siciliano - e de muito boas famílias!).
Acabou não acabando o curso.
A certa altura, já nos anos 70, o Sr. Razzini decidiu ir tentar a sorte nos EUA. Tinha um negócio interessante, uma confeitaria no Marquês, bem perto de casa - uma das que introduziu o pão "gressino"
na cidade do Porto. Não sei o que se passou, para tomar a decisão de vender o negócio, mas creio que foi depois de aderir às cooperativas, que então avançavam, por todo o lado, com sucesso variável. Vendeu a sua quota.
Na América, em NY, tudo corria pelo melhor até adoecer - e regressar. Ao Algarve... A Maria do Carmo sempre haveria de lamentar o facto de ter deixado a casa do Porto - e nós também. Tanto ela como o João adaptaram-se ao Porto, de uma forma perfeita! Curiosamente, o que mais pendia para o Algarve era o único não algarvio, o Sr Razzini, que tinha ido para Olhão, com o Pai, ainda muito jovem. Com 14 ou 15 anos.
O Pai era milionário. Em Olhão tinha fábricas de conservas de peixe. Durante a guerra tomaram-lhe os negócios, e, depois da guerra, limitaram-se a imdemnizá-lo, por decisão judicial, por valores anteriores à inflação. Isto é, praticamente nada. Um roubo de Estado...
O João visitou, por diversas vezes a família na Sicília. Na primeira vez, lembro-me de que foram de carro e levaram o cão Corisco, que se ia perdendo, em correria imparável atrás de outros cães, uns vadios, numa localidade qualquer...

E, assim, ficamos, desde então, separados, pela geografia.
Mas como acontece com a família próxima, de sangue, mantivemos, e mantemos contacto permanente. Nas festas, sempre! E, fora das festas também. A Maria do Carmo aparecia regularmente, duas vezes por ano, pelo menos, passar umas semanas connosco (grande alegria, para nós!), e o João, quando podia, acompanhava-a. Depois que comprou carro, vinha traze-la e leva-la e ficava o fim-de-semana, ou uns dias, quando tinha férias. Agora, estamos, justamente, à espera de uma dessa visitas, que já tarda.
Da nossa parte, fomos ao Algarve, de férias, com menor frquência, mas também fomos. Ainda quando a Mª do Carmo e o João Carlos viviam numa casa algarvia, antiga, autêntica, que era da família,e, mais tarde, já no andar novo, comprado pela Mª do Carmo, onde, hoje, o João vive com a Mulher.

Maria Manuela Aguiar disse...

O próprio João se deixou atrair pela aventura da emigração. Esteve algum tempo em Londres. Lá o encontrei, já não sei em que ano recuado. Para nossa surpresa, casou, em Londres, com uma estrangeira - não inglesa - num casamento que durou ainda menos do que o meu, com o Manel.
Agora é casado com uma simpática e discreta brasileira. O que muito agradou à Mãe!

Maria Manuela Aguiar disse...

Politicamente, vejam só, o João Carlos foi um grande activista, depois do 25 de Abril!
Era do MRPP, como o seu grande grupo de amigos de Olhão. E como o JM Durão Barroso.
Parece-me que o João Carlos, ,actualmente, como muitos portugueses, não quer saber da política para nada. Mas, pelo menos, continua a ter um verdadeiro espírito de solidariedade e não se deixou "aburguesar", no pior sentido. Mantem-se um bom caracter!

Maria Manuela Aguiar disse...

Fiel a todas as boas causas da juventude, continua um portista "ferrenho". Aqui, em Espinho, durante as suas visitas, começou a frequentar a "Casa do FCP", para ver os jogos e tomar um café. Parece impossível, mas é verdade, que foi através do incentivo dele que eu pela 1ª vez entrei nessa "Casa", da qual, agora, até sou presidente da Assembleia Geral.

Maria Manuela Aguiar disse...

Tal como em pequeno, ainda hoje, o JC gosta de andar à vontade, descontraído, de "Jeans" e sapatos de vela, ou sapatilhas. É muito do género da Docas - podiam ser manos...
Nesse aspecto, não sai a Mãe nem Pai - ambos andavam sempre chiquérrimos!
Porém, nas fotos que encontrei, vemos um João Carlos atípico, muito bem vestido e engravatado, porque uma é do casamento do João Miguel, em 2003, e a outra do 80º aniversário da minha Mãe, ao lado de quem se encontra (2002).
Vou procurar outras. Não há muitas, porque ele detesta ser fotografado!